27/09/2022

Patañjalayogaśāstra - Yoga Sutras - Introdução (Revisado)

॥ पातञ्जलयोगशास्त्र ॥ - pātañjalayogaśāstra - Introdução


Homenagem a Patañjali 


Oṁ: vande gurūṇāṁ caraṇāravinde - Eu me curvo aos pés de lótus do grande guru
sandarśita svātma sukhāva bodhe - que revela nosso verdadeiro “Self” e desperta a felicidade.
niḥ śreyase jāṅgalikāyamāne - Como um taumaturgo, nos traz o mais completo bem-estar.
saṁsāra hālāhala mohaśāntyai - Ele pode curar o mais terrível veneno, o saṁsāra (roda da vida).
ābāhu puruṣākāraṁ - Com forma humana na parte superior do corpo
śaṅkhacakrāsi dhāriṇam - carrega a concha (som original), o disco (eternidade) e a espada (discernimento)
sahasra śiraśaṁ śvetaṁ - Tendo mil cabeças brilhantes,
praṇamāmi patañjalim - curvo-me a Patañjali .

O Yoga Sutras de Patañjali é o texto fundamental do Yoga, uma das seis escolas ortodoxas da filosofia indiana e exerceu enorme influência no desenvolvimento da filosofia indiana e na prática do Yoga. É, ainda hoje, tão relevante como quando foi composto. Quando Patañjali apresentou o Yoga Sutras, não foi criado um novo sistema, mas sim, antigas concepções e práticas é que foram formalizadas em uma estrutura lógica perfeita. De acordo com P. A. Maas, a composição de Patañjali era intitulada Pātañjalayogaśāstra ("O Tratado sobre Yoga segundo Patañjali") e consistia nos Sūtras e no Bhāṣya (comentário que a partir do Século XII foi atribuído a Vyasa). Pouco se sabe sobre Patañjali, nem quando a obra foi composta, e para intrigar ainda mais surgiram outros personagens com o mesmo nome, o autor do Mahābhāṣya, um antigo tratado sobre gramática e linguística sânscrita, baseado no Aṣṭādhyāyī de Pāṇini; O autor de um texto da medicina ayurvédica chamado Patanjalatantra; Ou um dos 18 siddhars da tradição Siddha (śaiva) Tâmil. Acredita-se que o Yoga Sutras foi elaborado no século II DC, (ou entre 300 e 500 DC segundo outros estudiosos). Embora evidências arqueológicas sugerem que os métodos descritos no Yoga Sutras eram praticados por volta de 3000 AC. nas civilizações de Mohehjo Daro e Harappa. E, a tradição oral admite maior antiguidade, supostamente, na civilização de Mehrgarh, 7000 AC.

Yoga bhashya
O Yoga Bhāṣya é um comentário sobre os Yoga Sutras de Patañjali que tradicionalmente tem sido atribuído ao lendário sábio védico Vyāsa, que se diz ter composto o Mahabharata. Este comentário é indispensável para a compreensão dos concisos sutras do Yoga. Alguns estudiosos veem Vyāsa como um comentador do século IV ou V DC (em oposição à antiga figura mítica). Outros estudiosos sustentam que ambos os textos, os sutras e o comentário foram escritos pela mesma pessoa. De acordo com Philipp A. Maas, baseado em um estudo dos manuscritos originais, a composição de Patañjali foi intitulada Pātañjalayogaśāstra ("O Tratado sobre Yoga de Patañjali") e consistia em Sūtras e Bhāṣya. Isso significa que o Bhāṣya era, de fato, o próprio trabalho de Patañjali. A prática de escrever um conjunto de aforismos com a própria explicação do autor era bem conhecida na época de Patañjali, como por exemplo em Abhidharmakośabhāṣya de Vasubandhu (que Patañjali cita). Essas descobertas mudam a compreensão histórica da tradição do yoga, uma vez que elas nos permitem tomar o Bhāṣya como a própria explicação de Patañjali sobre o significado de seus sutis e enigmáticos sutras.
O Yogabhāṣya afirma que "yoga" nos Yoga Sutras tem o significado de "samādhi". Outro comentário (o Vivarana) por um certo Shankara, confirma a interpretação do yogah samādhih (YBh. I.1): 'yoga' no sutra de Patañjali tem o significado de 'concentração'. A interpretação da palavra 'yoga', como "união" é o resultado de influências externas posteriores que incluem o movimento Bhakti, o Vedanta e o Shivaísmo da Caxemira. No entanto, o termo Yoga como Patañjali define está mais relacionado com 'separação' do que com união, o tema dos Yoga Sutras é a saga do Puruṣa que quer se libertar (separar) da Prakṛti.

Patañjali define Yoga como Samādhi, um estado de concentração onde o fluxo psico-mental - cadeia de pensamentos e sentimentos (citta-vritti) - é atenuado e suprimido (nirodha) possibilitando a obtenção de moksha ou kaivalya (liberação, isolamento). E, sutras (fio, corrente) refere-se ao encadeamento dos aforismos. Patañjali dividiu O Yoga Sutras em quatro capítulos ou livros (pada), contendo ao todo 196 aforismos, com a seguinte estrutura:
• I- Samādhi Pada (51 sutras): Samādhi (concentração) refere-se a um estado de percepção direta e confiável (pramāṇa), onde a mente do yogin se identifica com objeto meditado, eliminando as categorias: conhecimento, conhecedor e conhecido. Samadhi é a técnica principal que o yogin deve dominar, por meio da qual mergulha nas profundezas da mente para alcançar Kaivalya. Patañjali descreve o Yoga e, em seguida, a natureza e os meios para atingir Samādhi. Este capítulo contém o famoso verso: "yogaś citta-vritti-nirodhaḥ" ("Yoga é a supressão das 'modificações' mentais").
• II- Sādhana Pada (55 sutras): Sādhana é a palavra sânscrita para "prática" ou "disciplina".
Aqui o autor descreve duas formas de Yoga: Kriya Yoga, a prática de três dos Niyamas: tapas, svādhyaya e iśvara praṇidhana - austeridade, auto estudo e devoção a deus; e o Aṣṭāṅga Yoga (yoga óctuplo ou, as oito competências que devem ser adquiridas pela prática do Yoga).
• III- Vibhūti Pada (56 sutras): Vibhūti é a palavra sânscrita para "siddhi - poder" ou "manifestação fenomenológica". 'Os poderes supernaturais são adquiridos pela prática do yoga. A prática simultânea combinada de Dhāraṇā, Dhyana e Samādhi (Antaranga) é conhecida como Samyama e é considerado um instrumento para alcançar os siddhis.
• IV- Kaivalya Pada (34 sutras): Kaivalya significa literalmente "isolamento", mas como utilizado nos Sutras refere-se à emancipação ou liberação (moksha). O Kaivalya Pada descreve o processo de libertação e a realidade do Self (Puruṣa).

As oito etapas do Aṣṭāṅga Yoga ou Raja Yoga são:
• Yama - Conduta correta (autocontrole): Ahiṃsā pacifismo, tolerância, não violência); Satya veracidade; Asteya honestidade; Brahmacārya guiar-se por Brahma, castidade; Aparigraha desapego (não possessividade).
• Niyama - Disciplina (consagração à prática): Śauca asseio, higiene física e mental; Santoṣa serenidade, impassibilidade; Tapas disciplina física e mental, austeridade, ascese; Svādhyāya introspecção, busca do autoconhecimento incluindo o estudo das escrituras e dos darsanas que levam à compreensão do verdadeiro Self; Īśvarapraṇidhāna devoção, auto entrega a Īshvara (ou a outra forma da Suprema Consciência).
• Āsana - integração da mente e do corpo através da atividade física.
• Prāṇāyāma - regulação da respiração levando ao controle mental.
• Pratyāhāra - isolamento mental, desconexão dos órgãos dos sentidos da percepção sensorial.
• Dhāranā - concentração, uni direcionamento da mente.
• Dhyāna - meditação (ininterrupta concentração mental centrada em um único objeto).
• Samādhi - absorção, concentração absoluta.

Epistemologia
A teoria do conhecimento do sistema filosófico do Yoga de Patañjali baseia-se nos três Pramanas do Sāṃkhya como meios para a obtenção do conhecimento confiável (O Saṃkhya é uma das primeiras sínteses da filosofia indiana, e está fundamentado em três obras: o Saṃkhya Sutras atribuído ao fundador do Saṃkhya, Kapila; o Tattva Samasa, que alguns autores (Max Muller) consideram anterior ao Saṃkhya Sutras, e o Saṃkhya Karika, de Ishvara Krishna). Elas descrevem Pratyakṣa ou Dṛṣṭam (percepção direta), Anumāṇa (inferência), e Śabda ou Āptavacana (testemunho verbal ou de fontes confiáveis - shāstras) como meios válidos na obtenção do conhecimento. Pratyakṣa significa percepção. É de dois tipos: externa e interna. A percepção externa é descrita como aquela que surge da interação dos cinco sentidos com os objetos sensoriais, enquanto a percepção interna é descrita por essa escola como aquela do sentido interior, a mente. Os conceitos de percepção interna incluíram pratibha (intuição), samanyalaksanapratyaksa (uma forma de indução de particulares percebidos e generalizados para um universal), e jnanalaksanapratyaksa (uma forma de percepção de processos anteriores e estados anteriores de um 'tópico de estudo' observando seu estado atual).

Metafísica
A metafísica de Patañjali é construída sobre a mesma base dualista da escola Saṃkhya. O universo é conceituado a partir de duas realidades: Puruṣa (consciência, Self) e Prakṛti (substrato material). O Yoga considera a consciência e a matéria, o Self e o corpo como duas realidades distintas. Jiva (um ser vivo) é visto como um estado no qual o Puruṣa está ligado à Prakrti de alguma forma, em várias combinações dos guṇas. Durante o estado de desequilíbrio ou ignorância, um ou mais dos guṇas oprime os outros, criando uma forma de escravidão. O fim dessa escravidão é chamado de liberação, ou Moksha, tanto pelo Yoga quanto pela escola Saṃkhya. "A primeira e mais sutil evolução de prakṛti, de acordo com o Sāṃkhya, é, em ordem: Buddhi, intelecto; Ahaṃkāra, ego; e Manas, mente. Essas camadas, que são agrupadas com nome de "corpo interno" (antahkaraṇa), constituem a vida interior de um indivíduo, e o Puruṣa (Self) é ocultado por essas camadas psíquicas antes de receber um corpo físico denso equipado com sentidos. O termo Citta (de cit, pensar, considerar, fixar a mente) é usado neste sūtra e em todo o texto de Patañjali e dos comentaristas para se referir a todas essas três funções cognitivas combinadas. Buddhi, (senciente, inteligência - intelecto), é o aspecto de citta que produz, entre outras coisas, as funções do pensamento ligadas ao julgamento, discriminação, conhecimento, averiguação e vontade. É o aspecto mais importante de Citta, pois é da sua função de discriminação que a libertação é alcançada. Além disso, é Buddhi que molda os dados refinados por Manas, e os apresenta ao Puruṣa (Self). Buddhi é, portanto, a ligação entre o Puruṣa como consciência pura, e os objetos, sejam físicos ou psíquicos, em relação aos quais o Puruṣa pode ficar ciente."
"... Ahaṃkāra, ou ego, produz a função do pensamento relacionada à auto-consciência, auto-identidade e auto-conceito (o pronome pessoal aham significa eu e kāra, o fazedor). Esse é o aspecto de citta que causa as noções de 'eu' e de 'meu'...Manas, a mente, é o aspecto de Citta que se envolve nas funções do pensamento, especialmente relacionadas à organização dos estímulos sensoriais e ao direcionamento dos sentidos; ela impõe uma estrutura conceitual no campo caótico das sensações cruas, reconhecendo e identificando os ímpetos sensoriais categorizando-os (do homem, para o pensamento, e para as crenças) ... É a ponte que conecta o mundo dos objetos dos sentidos, acessados através dos órgãos dos sentidos; o ego, que se apropria disso sob a noção de eu; e a inteligência, que julga, avalia e cria estratégias sobre os 'inputs' para determinar qual é o seu dever (Dharma) em relação aos dados que recebe da mente e dos sentidos (isto é, o que fazer a respeito disso, como responder ou agir)." (E. F. Bryant)
Patañjali adota a teoria dos Guṇas do Saṃkhya. Esta teoria afirma que os três gunas (forças eficientes fundamentais) estão presentes em diferentes proporções em todos os seres, estes três são Sattva guna (equilíbrio, luminosidade), Rajas guna (atividade) e Tamas guna (desequilíbrio, escuridão). A natureza fundamental e as disposições psicológicas dos seres são uma consequência da proporção relativa desses três gunas. Quando Sattva guna predomina em um indivíduo, as qualidades de lucidez, sabedoria, construtividade, harmonia e paz se manifestam; quando Rajas é predominante, apego, desejo, atividade impulsionada pela paixão e inquietação se manifestam; e quando Tamas predomina em um indivíduo, a ignorância, a ilusão, o comportamento destrutivo, a letargia e o sofrimento se manifestam. A teoria dos Guṇas fundamenta a filosofia da mente na escola do Yoga.

Soteriologia (Doutrina da Salvação)
A escola Saṃkhya postula que jñāna (conhecimento) é um meio suficiente para a liberação (moksha, mokṣa), entretanto, Patañjali reconhece que técnicas e práticas sistemáticas (experimentação pessoal) combinadas com a teoria do Saṃkhya é que são, realmente, o caminho para mokṣa. Patañjali sustenta que a ignorância é a causa do sofrimento e do saṃsāra (roda da vida, ciclo das encarnações). A liberação, como em muitas outras escolas, é a remoção da ignorância, que é alcançada através do conhecimento discriminativo, e da autoconsciência. O Yoga Sutras é o tratado que ensina como realizar isso. No samādhi o yogin toma consciência do Puruṣa, o verdadeiro Eu (Self). Além disso, afirma que essa consciência é eterna e, uma vez alcançada, não pode ser perdida; isso é mokṣa, o objetivo soteriologico do hinduísmo.

Deus
Patañjali difere da escola saṃkhya ao incorporar o conceito de "divindade pessoal, embora essencialmente inativa", ou "Deus pessoal" (Īśvara). Estudiosos hindus como Adi Shankara, assim como muitos estudiosos acadêmicos modernos descrevem a escola do Yoga como "escola saṃkhya teísta". O Yoga Sutras de Patañjali usa o termo Īśvara em 11 versos: de I.23 a I.29, II.1, II.2, II.32 e II.45. Desde sua publicação, estudiosos hindus debateram e comentaram sobre quem ou o que é Isvara? Estes comentários variam ao definir Īśvara como "Deus pessoal" ou "Eu especial" ou "qualquer coisa que tenha significado espiritual para o indivíduo".

Psicologia do Yoga
"Dra. Dasgupta no encontro com o Dr. Freud em Viena. observou que os estudantes na Índia também estudavam Psicologia como apresentado pelo Dr. Freud. O Dr. Freud indagou: "A sagacidade da mente indiana é suficiente para estudar minha ciência?" Dra. Dasgupta replicou: "Dr. Freud, afinal o que você tem dito é o seguinte: o ser humano é vítima de sua mente inconsciente (incluindo a subconsciente). Na índia tem sido provado pelos yogins, ao longo dos séculos. que o homem pode transformar completamente sua mente subconsciente e inconsciente por seus esforços conscientes ", disse Freud," Oh, isso é impossível". Dra. Dasgupta disse: “Você já tentou alguma vez?” A resposta do Dr. Freud foi negativa, então, ela acrescentou: “Sendo você mesmo um homem da ciência, você não pode dizer nada é impossível, a menos que você tenha tentado... ". (Dra. Surama Dasgupa, M.A., Ph.D. - Appendix E: Some Observation on Indian Thought with Special Reference to the Yoga Psychology. From Yoga Philosophy of Patañjali by S. H. Aranya, fist edition)].

Tradução dos termos técnicos.
[... A filosofia indiana cuja sutileza padece dolorosamente quando seus conceitos são camuflados por termos impróprios ou corrompidos através de seguidas translações ... Cada vez que Puruṣa é traduzido pela palavra “Alma”, todo psicólogo e metafísico é traído ... Outro termo, é Guṇa. Este termo que envolve os significados “qualidade” e “substância”, está intimamente subordinado a Pradhāna, e suas três outras palavras correlacionadas Sattva e Rajas e Tamas também são intraduzíveis, a menos que se esteja contente com paralelos etimológicos sem sentido ..." (J. H. Woods)]
["O termo Citta não é facilmente traduzido para o inglês. Como tantos outros termos sânscritos, não parece haver um equivalente preciso para ele em nosso vocabulário. Tradutores anteriores propuseram uma variedade de representações, como "estofo mental", "princípio pensante" e palavras horríveis semelhantes. Na maioria dos casos, Citta parece transmitir simplesmente "consciência 'reflexa'" e talvez ocasionalmente "mente". Eu uniformemente traduzi com a primeira forma. Patañjali, infelizmente, não nos fornece uma definição deste importante conceito. Ainda assim, o seu significado pode ser obtido a partir dos vários contextos em que aparece. (G. Feuerstein)]
["As traduções do Yoga Sūtra não apenas sofrem do problema geral que as traduções da filosofia indiana compartilham... A fonte da interpretação é mascarada, e ao aluno é apresentado um texto como se fosse a tradução universalmente aceita do Yoga Sūtras. As traduções do Yoga Sūtra são leituras divergentes do texto de Patañjali feitas por escolas contrárias como o Sāṃkhya, o Advaita Vedānta e, algumas vezes, até o Budismo. O pensamento de Patañjali, é obscurecido e está associado a muitas escolas populares do pensamento indiano que têm pouco a dizer sobre o tema do Yoga. O resultado lamentável é que os estudantes do Yoga, desejosos de adquirir uma compreensão da filosofia subjacente à prática da meditação, estão confusos quanto aos fundamentos teóricos de tais práticas. (S. Ranganathan)].
["Embora vários valiosos escritos acadêmicos contemporâneos tenham ajudado a apresentar a filosofia de Patañjali a um público acadêmico e popular mais amplo, nosso estudo sugere que Patañjali tem sido frequentemente mal interpretado ou deturpado devido ao uso de metodologia inadequada: definições parciais e enganosas de termos do yoga em sânscrito e hermenêutica (interpretação) reducionista levando a uma elusiva e radical finalidade dualista, ou obliterando a perspectiva do Yoga de Patañjali. Muitos estudiosos têm repetidamente dado definições e explicações ontológicas para termos que, segundo este estudo, são mais apropriadamente compreendidos com uma ênfase epistemológica. Consequentemente, o sentido especializado inerente à soteriologia (doutrina da salvação) do Yoga é enfraquecido. A intenção soteriologia do yoga não precisa excluir a possibilidade de um estado integrado de uma identidade liberada em estado incorporado ... (Ian Whicher)]


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