27/12/2018

Haṭha Yoga Pradīpikā - Capítulo 4 - Samādhi

॥ हठयोगप्रदीपिका ॥ (Haṭha Yoga Pradīpikā)
|॥ ४॥ चतुथोर्पदेशः॥ (caturthopadeśaḥ) - Quarto Capítulo - Samādhi ||4||

Samādhi (1-13) Prāṇa (14-16) Suṣumnā (17-20) Prāṇa e mente (21-29) Libertação (30) Laya (31-34) Śāmbhavī-mudrā (35-42) Khecarīmudrā (43-49) Dissolução (50-59) Māyā (60-64) Nādam (65-69) Ārambhāvasthā (70-71) Ghaṭāvasthā (72-73) Paricayāvasthā (74-75) Niṣpattyavasthā (76-78) Haṭha e Rāja (79) Unmanī-avasthā (80-81) Prática do nādam (82-97) Asaṃprajñāta Samādhi (98-102) Unmanīavasthā (103-107) Samādhi (108-114)

Śiva como Nāda, Bindu, e Kala
1- नमः शिवाय गुरवे नादबिन्दुकलात्मने । निरञ्जनपदं याति नित्यं तत्र परायणः ॥१॥
(namaḥ śivāya gurave nādabindukalātmane / nirañjanapadaṃ yāti nityaṃ tatra parāyaṇaḥ) //1// 
नमः (namaḥ) Reverencio* शिवाय (śivāya) Śiva* गुरवे (gurave) o Guru* नाद (nāda) [que está na forma] de Nāda (som eterno)* बिन्दु (bindu) Bindu [ponto primordial]* कला (kalā) Kalā (onda transcendental do tempo)*. तत्र (tatra) Aquele que* अत्मने (atmane) [é dedicado a] Ele* नित्यं (nityaṃ) sempre* याति (yāti) atinge* पर-अयणः (para-ayaṇaḥ) a realização* पदं (padaṃ) do estado* निरञ्जन (nirañjana) imaculado.
1- Saudações a Śiva, o Guru, que tem a forma de Nāda, Bindu e Kalā; Aquele que é dedicado a Ele alcança o estado eterno de Nirañjana (um estado feliz livre de qualquer falta ou mancha).
Brahmananda: Este capítulo é inteiramente dedicado ao Raja Yoga. O Nāda é um som místico semelhante ao prolongamento do som de um sino e é representado pelo semicírculo em OM. Bindu é o som "ṃ" do anusvara no Pranava. Kalā é uma potencialidade do nada.

2- अथेदानीं प्रवक्ष्यामि समाधिक्रममुत्तमम् । मृत्युघ्नं च सुखोपायं ब्रह्मानन्दकरं परम् ॥२॥
(athedānīṃ pravakṣyāmi samādhikramamuttamam / mṛtyughnaṃ ca sukhopāyaṃ brahmānandakaraṃ param) //2//
अथ (atha) Então* इदानीं (idānīṃ) agora* प्रवक्ष्यामि (pravakṣyāmi) vou descrever* उत्तमम् (uttamam) o excelente* क्रमम् (kramam) processo* समाधि (samādhi) de samādhi* मृत्यु-घ्नं (mṛtyu-ghnaṃ) que destrói a morte*. उपायं (upāyaṃ) É o meio de obter* सुख (sukha) felicidade* च (ca) e* करं (karaṃ) traz* परम् (param) o supremo* ब्रह्म-आनन्द (brahma-ānanda) brahmānanda [bem aventurança em Brahman].
2 - Agora eu vou descrever o excelente método de samādhi que destrói a morte, é o meio de obter felicidade, e traz o supremo brahmānanda (bem-aventurança em Brahman).
Brahmananda: Destruir a morte significa permitir que o iogue deixe seu corpo à vontade. Isso será explicado mais adiante. A felicidade de um Jivanmukta é produzida quando a mente é silenciada e as vāsanās (tendências kármicas) são destruídas. Esta bem-aventurança é a de Vedehamukti, quando o karma prarabda está exaurido, e uma união permanente ocorre entre Jiva e Parabrahman.

Vários nomes para Samādhi
3- राजयोगः समाधिश्च उन्मनी च मनोन्मनी । अमरत्वं लयस्तत्त्वं शून्याशून्यं परं पदम् ॥३॥ 
 4- अमनस्कं तथाद्वैतं निरालम्बं निरञ्जनम् । जीवन्मुक्तिश्च सहजा तुर्या चेत्येकवाचकाः ॥४॥ 
(rājayogaḥ samādhiśca unmanī ca manonmanī / amaratvaṃ layastattvaṃ śūnyāśūnyaṃ paraṃ padam) //3//
(amanaskaṃ tathādvaitaṃ nirālambaṃ nirañjanam / jīvanmuktiśca sahajā turyā cetyekavācakāḥ) //4//
राजयोगः (rājayogaḥ) Rājayoga* समाधिः (samādhiḥ) samādhi* च (ca) e* उन्मनी (unmanī) além da mante* च (ca) e* मनोन्मनी (manonmanī) mente além da mente* अमरत्वं (amaratvaṃ) imortalidade* लय (layaḥ) dissolução* तत्त्वं (tattvaṃ) realidade, natureza real*  -शून्याशून्यं (śūnyāśūnyaṃ) vazio não-vazio* परं-पदम् (paraṃ-padam) supremo* अमनस्कं (amanaskaṃ) sem mente, não mental* तथाद्वैतं (tathādvaitaṃ) não dual* निरालम्बं (nirālambaṃ) auto-dependente* निरञ्जनम् (nirañjanam) imaculado* जीवन्मुक्ति (jīvanmukti) liberado em vida* च (ca) e* सहजा (sahajā) espontâneo (não condicionado)* तुर्या (turyā) o quarto estado* चेत्येकवाचकाः (ca iti eka vācakāḥ) significam a mesma coisa.
3/4 - Rājayoga, samādhi, unmanī, manonmanī, amaratva, laya, tattva, śūnya, aśūnya, parampada, amanaska, advaita, nirālamba, nirañjana, jīvanamukti, sahaja and turiya são termos sinônimos que significam uma e a mesma coisa.


5- सलिले सैन्धवं यद्वत्साम्यं भजति योगतः । तथात्ममनसोरैक्यं समाधिरभिधीयते ॥५॥
(salile saindhavaṃ yad-vat sāmyaṃ bhajati yogataḥ / tathā ātma manasoḥ aikyaṃ samādhiḥ abhidhīyate) //5//
यद्-वत् (yad-vat) como* सैन्धवं (saindhavaṃ) o sal* भजति (bhajati) lançado* सलिले (salile) na água* साम्यं (sāmyaṃ) se funde* ऐक्यं (aikyaṃ) formando uma unidade* तथा (tathā) Da mesma forma* योगतः (yogataḥ) a união* आत्म (ātma) do Self* मनसोः (manasoḥ) com a mente* अभिधीयते (abhidhīyate) é chamada* समाधिः (samādhiḥ) samādhi.
5- Como o sal lançado na água se torna um com ele, similarmente a união entre Atman (o Self) e mente é chamada samādhi.
O Prāṇa e a Mente cessam em Samādhi
6- यदा संक्षीयते प्राणो मानसं च प्रलीयते । तदा समरसत्वं च समाधिरभिधीयते ॥६॥
yadā saṅkṣīyate prāṇaḥ mānasaṃ ca pralīyate / tadā sama-rasa-tvaṃ ca samādhiḥ abhidhīyate //6//
यदा [yadā] quando* प्राणः [prāṇaḥ] o prāṇa* सङ्क्षीयते [saṅkṣīyate] é completamente parado* च [ca] e* मानसं [mānasaṃ] a mente* प्रलीयते [pralīyate] reabsorvida* तदा [tadā] então* सम-रस-त्वं [sama-rasa-tvaṃ] surge um estado harmonioso* अभिधीयते [abhidhīyate] que é chamado* समाधिः [samādhiḥ] samādhi*
6- Quando o prāṇa é parado completamente e a mente reabsorvida, então surge um estado de equilíbrio harmonioso que é chamado samādhi.


7- तत्समं च द्वयोरैक्यं जीवात्मपरमात्मनोः । प्रनष्टसर्वसङ्कल्पः समाधिः सोऽभिधीयते ॥७॥
(tad samaṃ ca dvayoḥ aikyaṃ jīvātma parama-ātmanoḥ / prāṇaṣṭa sarva saṅkalpaḥ samādhiḥ saḥ abhidhīyate) //7//
तद् (tad) Aquele* समं (samaṃ) estado de equilíbrio* ऐक्यं (aikyaṃ) a união* द्वयोः (dvayoḥ) desses dois* जीवात्म (jīvātma) Jīvātma* च (ca) e* परम-आत्मनोः (parama-ātmanoḥ) Paramātma* सर्व (sarva) [quando] todos* सङ्कल्पः (saṅkalpaḥ) os sankalpas (idéias, desejos e pensamentos)* प्राणष्ट (prāṇaṣṭa) [são totalmente] aniquilados* सः (saḥ) este [estado]* अभिधीयते (abhidhīyate) é chamado* समाधिः (samādhiḥ) samādhi.
7- Aquele estado de equilíbrio, a união do Jīvātma (Self empírico) e Paramātma (Self transcendental), quando todos os sankalpas (ideias, desejos e pensamentos) são totalmente aniquilados, é chamado samādhi.

8- राजयोगस्य माहात्म्यं को वा जानाति तत्त्वतः । ज्ञानं मुक्तिः स्थितिः सिद्धिर्गुरुवाक्येन लभ्यते ॥८॥
(rāja-yogasya māhātmyaṃ kaḥ vā jānāti tattva-taḥ / jñānaṃ muktiḥ sthitiḥ siddhiḥ guru vākyena labhyate) //8//
कः (kaḥ) Quem* जानाति (jānāti) conhece* माहात्म्यं (māhātmyaṃ) a grandeza* राज-योगस्य (rāja-yogasya) do Raja Yoga?* ज्ञानं (jñānaṃ) O conhecimento* तत्त्व-तः (tattva-taḥ) da verdade* मुक्तिः (muktiḥ) da libertação* स्थितिः (sthitiḥ) da estabilidade (jīvanmukti)* सिद्धिः (siddhiḥ) dos poderes* लभ्यते (labhyate) são alcançados* वाक्येन (vākyena) pelas palavras* गुरु (guru) do guru.
8- Quem realmente conhece a grandeza do Raja Yoga? Conhecimento espiritual (Jñana), liberdade (Mukti), estabilidade (Sthiti) e perfeição (Siddhi) são obtidos através do ensino do Guru.

9- दुर्लभो विषयत्यागो दुर्लभं तत्त्वदर्शनम् । दुर्लभा सहजावस्था सद्गुरोः करुणां विना ॥९॥
(durlabhaḥ viṣaya tyāgaḥ durlabhaṃ tattva darśanam / durlabhā sahaja avasthā sat guroḥ karuṇāṃ vinā) //9//
विना (vinā) Sem* करुणां (karuṇāṃ) a compaixão* सत् (sat) do verdadeiro* गुरोः (guroḥ) guru* दुर्लभा (durlabhā) é difícil* त्यागः* (tyāgaḥ) renunciar* विषय (viṣaya) aos objetos sensoriais* दुर्लभं (durlabhaṃ) é [mais] difícil* दर्शनम् (darśanam) perceber* तत्त्व (tattva) o conhecimento da verdade [princípios]* दुर्लभः (durlabhaḥ) e é [muito] difícil* सहज-अवस्था (sahaja avasthā) alcançar sahajāvasthā (o estado natural do Ser).
9- Sem a compaixão do verdadeiro guru, é difícil renunciar aos objetos sensoriais, é (mais) difícil perceber o conhecimento da realidade, e é (muito) difícil alcançar o sahajāvasthā (o estado natural do Ser).

10- विविधैरासनैः कुम्भैर्विचित्रैः करणैरपि । प्रबुद्धायां महाशक्तौ प्राणः शून्ये प्रलीयते ॥१०॥
(vividhaiḥ āsanaiḥ kumbhaiḥ vicitraiḥ karaṇaiḥ api / prabuddhāyāṃ mahā śaktau prāṇaḥ śūnye pralīyate) //10//
महा-शक्तौ(mahā-śaktau) Quando Mahā Śakti* प्रबुद्धायां (prabuddhāyāṃ) é despertada* विविधैः (vividhaiḥ) por diferentes* आसनैः (āsanaiḥ) posturas* विचित्रैः (vicitraiḥ) diferentes* कुम्भैः (kumbhaiḥ) kumbhakas* करणैः (karaṇaiḥ) e mudrās* प्राणः (prāṇaḥ) o prāṇa* प्रलीयते (pralīyate) se dissolve* शून्ये (śūnye) no vazio (Brahmarandhra).
10- Quando Mahā Śakti (kuṇḍalinī) é despertada por meio de várias posturas, diferentes kumbhakas e mudrās, o prāṇa se dissolve em śūnya (literalmente, o vazio - Brahmarandhra).

11- उत्पन्नशक्तिबोधस्य त्यक्तनिःशेषकर्मणः । योगिनः सहजावस्था स्वयमेव प्रजायते ॥११॥
(utpanna śakti bodhasya tyakta niḥśeṣa karmaṇaḥ / yoginaḥ sahaja avasthā svayam eva prajāyate) //11//
योगिनः (yoginaḥ) O yogin* उत्पन्न (utpanna) que obteve* बोधस्य (bodhasya) o despertar* शक्ति (śakti) da kuṇḍalinī* त्यक्त (tyakta) e, se livrou* निःशेष (niḥśeṣa) a todos* कर्मणः (karmaṇaḥ) os karmas restantes* प्रजायते (prajāyate) alcança* एव (eva) verdadeiramente* अवस्था (avasthā) o estado* सहज (sahaja) natural* स्वयम् (svayam) por si mesmo.
11- O yogin tendo despertado a Śakti (kuṇḍalinī) e se livrado de todos os karmas restantes, alcança espontaneamente (sem qualquer esforço) o sahajāvasthā (um estado natural de samādhi).
Brahmananda: Na prática dos asanas, todos os atos físicos chegam ao fim, e as ações são confinadas ao prana e aos órgãos dos sentidos. Pelo Kumbhaka, o movimento do prana e dos órgãos dos sentidos é interrompido e permanece a atividade mental. Por pratyahara, dharana, dhyana e samprajnyata samadhi, a atividade mental cessa e as ações são confinadas apenas ao buddhi. Por extrema vairagya (ausência de apego) e longa prática de samprajnyata samadhi, os atos do buddhi são abandonados e o yogin alcança seu estado original imutável, que é a bem-aventurança final.

Eliminação dos efeitos cármicos
12- सुषुम्णावाहिनि प्राणे शून्ये विशति मानसे । तदा सर्वाणि कर्माणि निर्मूलयति योगवित् ॥१२॥
(suṣumṇā vāhini prāṇe śūnye viśati mānase / tadā sarvāṇi karmāṇi nir-mūlayati yogavit) //12//
प्राणे (prāṇe) [Quando] o prāṇa* वाहिनि (vāhini) se move [livremente]* सुषुम्णा (suṣumṇā) na suṣumṇā* मानसे (mānase) e a mente* विशति (viśati) entra* शून्ये (śūnye) no vazio (é reabsorvida)*, तदा (tadā) então* योगवित् (yogavit) o yogin inteligente* निर्-मूलयति (nir-mūlayati) elimina* सर्वाणि (sarvāṇi) todos os* कर्माणि (karmāṇi) os [seus] karmas.
12- Quando o prāṇa se move na suṣumṇā e a mente é reabsorvida no śūnya (vazio), o yogin inteligente elimina todos os karmas.

13- अमराय नमस्तुभ्यं सोऽपि कालस्त्वया जितः । पतितं वदने यस्य जगदेतच्चराचरम् ॥१३॥
(amarāya namas tubhyaṃ saḥ api kālaḥ tvayā jitaḥ / patitaṃ vadane yasya jagad etat carācaram) //13//
अमराय (amarāya) Ó Imortal (que alcançou samādhi)* तुभ्यं (tubhyaṃ) eu te* नमस् (namas) saúdo!* अपि (api) mesmo* सः (saḥ) a* कालः (kālaḥ) morte (tempo)* यस्य (yasya) que, em cuja* वदने (vadane) boca* एतत् (etat) este* जगद् (jagad) mundo* चरा (cara) animado* अचरम् (acaram) e inanimado* पतितं (patitaṃ) caiu* जितः (jitaḥ) que foi conquistado*त्वया (tvayā) por ti.
13 - Ó Imortal (que alcançou samādhi), eu te saúdo! Até mesmo a própria morte que, em cuja boca este mundo animado e inanimado caiu, foi conquistada por ti.

14- चित्ते समत्वमापन्ने वायौ व्रजति मध्यमे । तदामरोली वज्रोली सहजोली प्रजायते ॥१४॥
(citte samatvam āpanne vāyau vrajati madhyame / tadā amarolī vajrolī sahajolī prajāyate) //14//
चित्ते (citte) [Quando] a mente* व्रजति (vrajati) atinge* समत्वम् (samatvam) [o estado de] unicidade* वायौ (vāyau) e o prāṇa* आपन्न (āpanna) entra no* मध्यमे (madhyame) [canal] do meio [suṣumṇā]* तदा (tadā) então* अमरोली (amarolī) * वज्रोली (vajrolī) * सहजोली (sahajolī) * प्रजायते (prajāyate) podem ser obtidos.
14- Quando a mente atinge o estado de unicidade e o prāṇa se move através do suṣumṇā, então pode-se obter amarolī, vajrolī e sahajolī.
Brahmananda: Esta estrofe mostra que Vajroli e outros processos semelhantes não são literalmente físicos, mas têm um significado simbólico.

15- ज्ञानं कुतो मनसि सम्भवतीह तावत् प्राणोऽपि जीवति मनो म्रियते न यावत् । प्राणो मनो द्वयमिदं विलयं नयेद्यो मोक्षं स गच्छति नरो न कथञ्चिदन्यः ॥१५॥
(jñānaṃ kutaḥ manasi sambhavati iha tāvat prāṇaḥ api jīvati manaḥ mriyate na yāvat / prāṇaḥ manaḥ dvayam idāṃ vilayaṃ nayet yaḥ
mokṣaṃ saḥ gacchati naraḥ na kathan-cid anyaḥ) //15//
कुतः (kutaḥ) Como* सम्भवति (sambhavati) [pode] ser possível* ज्ञानं (jñānaṃ) o conhecimento [transcendental]* मनसि (manasi) [surgir] na mente* तावत् (tāvat) enquanto* प्राणः (prāṇaḥ) o prāṇa* जीवति (jīvati) [estiver] ativo* मनः (manaḥ) e a mente* न (na) não* म्रियते (mriyate) [estiver] morta? यः (yaḥ) Aquele que* नयेत् (nayet) faz* अपि (api)* द्वयम् (dvayam) os dois* इदां (idāṃ) o* प्राणः (prāṇaḥ) prāṇa* मनः (manaḥ) e a mente* विलयं (vilayaṃ) ficarem em repouso* सः (saḥ) ele* गच्छति (gacchati) obtêm* इह (iha) aqui* मोक्षं (mokṣaṃ) a liberação,* न (na) Nenhuma* अन्यः (anyaḥ) outra* नरः (naraḥ) pessoa [obtém sucesso]* कथन्-चिद् (kathan-cid) de outro modo.
15- Como pode ser possível jñāna (o conhecimento transcendental) surgir na mente enquanto o praṇa estiver ativo (vivo) e a mente não esteja morta? Aquele que faz com que o prana e a mente fiquem em repouso obtém a liberação. Nenhuma outra pessoa pode fazer isso [liberação] de outro modo.
Brahmananda: O prana vive enquanto flui através de Ida e Pingala; os órgãos dos sentidos vivem enquanto procuram objetos; a mente vive enquanto for moldada pelos vários objetos da percepção. O prana morre quando permanece sem movimento em Brahmarandhra. A mente morre quando não é modificada por objetos. Nesta estrofe, Yoga é considerado essencial para Jnana. No Yogavijaya, Parvati pergunta: "Alguns dizem que a libertação é obtida apenas através do conhecimento, então qual é a utilidade do Yoga?" Shiva replica: 'Uma batalha é vencida por uma espada, mas qual é a utilidade de uma espada sem guerra e bravura? Portanto, ambos são absolutamente necessários. "Se for argumentado que o rei Janaka e outros grandes homens não praticaram Yoga, a resposta é: reis como Janaka, Vaisyas como Tuladhara, Sudras como Pailavaka, mulheres como Maitreyi, Sarngi, Sandili, Cudala obtiveram o conhecimento sem praticar Yoga, porque eles haviam aperfeiçoado o Yoga em suas encarnações anteriores e também ouvimos que, pela força do Yoga praticada em vidas anteriores, muitos atingiram o estado de Brahma, filhos de Brahma, devarishi, brahmarishi, muni e bhakta. Eles alcançaram conhecimento completo sem serem iniciados por um guru. Hiranyagarbha (Brahma), Vasistha, Narada, Suka, Vamadeva e Sanatkumara são conhecidos como tendo nascido Siddhas.

16- ज्ञात्वा सुषुम्णासद्भेदं कृत्वा वायुं च मध्यगम् । स्थित्वा सदैव सुस्थाने ब्रह्मरन्ध्रे निरोधयेत् ॥१६॥
(jñātvā suṣumṇā sat bhedaṃ kṛtvā vāyuṃ ca madhya-gam / sthitvā sadā eva su-sthāne brahmarandhre nirodhayet) //16//
ज्ञात्वा (jñātvā) Sabendo* सत् (sat) corretamente* भेदं (bhedaṃ) o método [de penetrar]* सुषुम्णा (suṣumṇā) suṣumṇā* च (ca) e* कृत्वा (kṛtvā) fazer* वायुं (vāyuṃ) o prāṇa* मध्य-गम् (madhya-gam) [se mover] no caminho do meio* सदा (sadā) [o yogin] então sempre* एव (eva) sozinho* स्थित्वा (sthitvā) deve permanecer* सु-स्थाने (su-sthāne) em bom lugar* निरोधयेत् (nirodhayet) e reter [o prāṇa]* ब्रह्मरन्ध्रे (brahmarandhre) em brahmarandhra.
16- Sabendo corretamente como penetrar suṣumṇā e fazer o prāṇa se mover através no caminho do meio, o yogin, então sempre só deve permanecer em um bom lugar e reter seu prāṇa em brahmarandhra.

17- सूर्यचन्द्रमसौ धत्तः कालं रात्रिन्दिवात्मकम् । भोक्त्री सुषुम्ना कालस्य गुह्यमेतदुदाहृतम् ॥१७॥
(sūrya candra-masau dhattaḥ kālaṃ rātrin-diva atmakam / bhoktrī suṣumnā kālasya guhyam etad udāhṛtam) //17//
सूर्य (sūrya) O sol* चन्द्र-मसौ (candra-masau) e a lua* धत्तः(dhattaḥ) dividem* कालं (kālaṃ) [e regulam] o tempo* अत्मकम् (atmakam) na forma de* रात्रिन्-दिव (rātrin-diva) dia e noite* सुषुम्ना (suṣumnā) Suṣumṇā* भोक्त्री (bhoktrī) devora* कालस्य (kālasya) o tempo [morte]* एतद् (etad) Isto* उदाहृतम् (udāhṛtam) é chamado* गुह्यम् (guhyam) segredo.
17- O sol e a lua dividem (e regulam) o tempo na forma de dia e de noite. Suṣumṇā é o devorador do tempo (morte). Este é o segredo.


18- द्वासप्ततिसहस्राणि नाडीद्वाराणि पञ्जरे । सुषुम्णा शाम्भवी शक्तिः शेषास्त्वेव निरर्थकाः ॥१८॥
(dvā-saptati-sahasrāṇi nāḍī dvārāṇi pañjare / suṣumṇā śāmbhavī śaktiḥ śeṣāḥ tu eva nir-arthakāḥ) //18//
द्वा-सप्तति-सहस्राणि (dvā-saptati-sahasrāṇi) Há setenta e dois mil* नाडी (nāḍī) nāḍīs* पञ्जरे (pañjare) no corpo* सुषुम्णा (suṣumṇā) Suṣumṇā* शाम्भवी (śāmbhavī) é Śāmbhavī* शक्तिः (śaktiḥ) Śakti* तु (tu) Mas; द्वाराणि (dvārāṇi) os canais* शेषाः (śeṣāḥ) restantes* एव (eva) decerto* निर्-अर्थकाः (nir-arthakāḥ) não são importantes.
18- Há setenta e dois mil nāḍīs no corpo. Suṣumṇā é Śāmbhavī Śakti e os outros restantes, isto é, idā, piṅgalā, etc., não são tão importantes.

19- वायुः परिचितो यस्मादग्निना सह कुण्डलीम् । बोधयित्वा सुषुम्णायां प्रविशेदनिरोधतः ॥१९॥
(vāyuḥ paricitaḥ yasmāt agninā saha kuṇḍalīm / bodhayitvā suṣumṇāyāṃ praviśet anirodhataḥ) //19//
यस्मात् (yasmāt) Após* परिचितः (paricitaḥ) o domínio* वायुः (vāyuḥ) do prāṇa* सह (saha) junto com* अग्निना (agninā) o fogo digestivo* कुण्डलीम् (kuṇḍalīm) a Kuṇḍalinī* बोधयित्वा (bodhayitvā) deve ser depertada* प्रविशेत् (praviśet) e pode entrar* सुषुम्णायां (suṣumṇāyāṃ) na suṣumṇā* अनिरोधतः (anirodhataḥ) sem qualquer restrição.
19- Quando há domínio sobre o vāyu, então junto com o fogo digestivo, a Kuṇḍalinī deve ser despertada e pode entrar na suṣumṇā sem qualquer restrição.

20- सुषुम्णावाहिनि प्राणे सिद्ध्यत्येव मनोन्मनी । अन्यथा त्वितराभ्यासाः प्रयासायैव योगिनाम् ॥२०॥
(suṣumṇā vāhini prāṇe siddhyati eva manonmanī / anyathā tu itara abhyāsāḥ prayāsāya eva yoginām) //20//
प्राणे (prāṇe) [Quando] o prāṇa* वाहिनि (vāhini) flui* सुषुम्णा (suṣumṇā) [através] da suṣumṇā* मनोन्मनी (manonmanī) o estado manonmanī [samādhi]* सिद्ध्यति (siddhyati) é realizado [naturalmente]. अन्यथा (anyathā) Ao contrário* प्रयासाय (prayāsāya) os esforços* इतर (itara) [feitos] por outras* अभ्यासाः (abhyāsāḥ) práticas* एव (eva) apenas* योगिनाम् (yoginām) [são inúteis para] o yogin.
20- Quando o prāṇa flui através da suṣumṇā, o estado manonmanī [samādhi] é realizado naturalmente. Os esforços feitos por outras práticas são inúteis para o yogin.

21- पवनो बध्यते येन मनस्तेनैव बध्यते । मनश्च बध्यते येन पवनस्तेन बध्यते ॥२१॥
(pavanaḥ badhyate yena manas tena eva badhyate / manas ca badhyate yena pavanaḥ tena badhyate) //21//
येन (yena) Aquele que* बध्यते (badhyate) suspende* पवनः (pavanaḥ) a respiração* बध्यते (badhyate) [também] suspende* मनस् (manas) a atividade mental* च (ca) e* येन (yena) aquele que* बध्यते (badhyate) controla* मनस् (manas) sua mente* एव (eva) também* बध्यते (badhyate) controla* पवनः(pavanaḥ) sua respiração.
21- Aquele que suspende sua respiração, também suspende sua
atividade mental. Aquele que controla sua mente, também controla sua respiração.


Vāsana e Prāṇa ativam a mente
22- हेतुद्वयं तु चित्तस्य वासना च समीरणः । तयोर्विनष्ट एकस्मिन्तौ द्वावपि विनश्यतः ॥२२॥
(hetu dvayaṃ tu cittasya vāsanā ca samīraṇaḥ / tayoḥ vinaṣṭe ekasmin tau dvāu api vinaśyataḥ) //22//
द्वयं (dvayaṃ) [Existem] duas* हेतु (hetu) causas (de flutuação)* चित्तस्य (cittasya) de citta [da mente]* वासना (vāsanā) uma é vāsanā [impressões latentes]* च (ca) e*तौ (tau) o* समीरणः (samīraṇaḥ) prāṇa. एकस्मिन् (ekasmin) Se um* द्वौ (dvāu) dos dois* विनष्टे (vinaṣṭe) é destruído* अपि (api) então* तयोः (tayoḥ) ambos* विनश्यतः (vinaśyataḥ) são destruídos.
22- Existem duas causas (de flutuação) de citta (da mente): uma é vāsanā (impressões latentes) e a outra é o prāṇa. Quando um desses dois é destruído, também ambos são destruídos.

23- मनो यत्र विलीयेत पवनस्तत्र लीयते । पवनो लीयते यत्र मनस्तत्र विलीयते ॥२३॥
(manas yatra vilīyeta pavanaḥ tatra līyate / pavanaḥ līyate yatra manas tatra vilīyate) //23//
यत्र (yatra) Onde* मनस् (manas) a mente* विलीयेत (vilīyeta) é dissolvida* तत्र (tatra) aí* पवनः (pavanaḥ) o prāṇa* लीयते (līyate) é suspenso* यत्र (yatra) e onde* पवनः (pavanaḥ) o prāṇa* लीयते (līyate) é suspenso* तत्र (tatra) aí* मनस् (manas) a mente* विलीयते (vilīyate) é dissolvida.
23 - Onde a mente é dissolvida, aí o prāṇa é suspenso; e onde o prāṇa é suspenso, aí a mente é dissolvida.

24- दुग्धाम्बुवत्संमिलितावुभौ तौ तुल्यक्रियौ मानसमारुतौ हि । यतो मरुत्तत्र मनःप्रवृत्तिर्यतो मनस्तत्र मरुत्प्रवृत्तिः ॥२४॥
(dugdha ambu-vat saṃmilitau ubhau tau tulya kriyau mānasa mārutau hi / yataḥ marut tatra manas pravṛttiḥ yataḥ manas tatra marut pravṛttiḥ) //24//
मानस (mānasa) Mente* मारुतौ (mārutau) e prāṇa* संमिलितौ (saṃmilitau) estão unidos* दुग्ध (dugdha) como leite* अम्बु-वत् (ambu-vat) e água* हि (hi) certamente* उभौ (ubhau) ambos* तुल्य (tulya) são iguais* क्रियौ (kriyau) em suas atividades*. तत्र (tatra) Lá* यतः (yataḥ) onde* मरुत् (marut) há prāṇa* प्रवृत्तिः (pravṛttiḥ) há presença ativa* मनस् (manas) da mente* यतः (yataḥ) e onde* मनस् (manas) há mente* तत्र (tatra) lá* मरुत् (marut) o prāṇa* प्रवृत्तिः (pravṛttiḥ) se torna ativo.
24- Mente e prāṇa estão unidos como leite e água; e ambos são iguais em suas atividades. Onde há prāṇa, há presença ativa da mente e onde há mente, lá o prāṇa se torna ativo.

25- तत्रैकनाशादपरस्य नाश एकप्रवृत्तेरपरप्रवृत्तिः । अध्वस्तयोश्चेन्द्रियवर्गवृत्तिः प्रध्वस्तयोर्मोक्षपदस्य सिद्धिः ॥२५॥
(tatra eka nāśāt aparasya nāśaḥ eka pravṛtteḥ apara pravṛttiḥ /
adhvastayoḥ ca indriya varga vṛttiḥ pradhvastayoḥ mokṣa padasya siddhiḥ) //25//
तत्र (tatra) Portanto* एक (eka) se um* नाशात् (nāśāt) é destruído* अपरस्य (aparasya) o outro* नाशः (nāśaḥ) desaparece* एक (eka) se um* प्रवृत्तेः (pravṛtteḥ) estiver ativo* अपर (apara) o outro* प्रवृत्तिः (pravṛttiḥ) se torna ativo*. अध्वस्तयोः (adhvastayoḥ) [Se ambos] não forem destruídos* वर्ग (varga) todos* इन्द्रिय (indriya) sentidos* वृत्तिः (vṛttiḥ) ficam ativamente [envolvidos em seus trabalhos]*. च (ca) E* प्रध्वस्तयोः (pradhvastayoḥ) [se ambos forem completamente] erradicados* पदस्य (padasya) o estado* मोक्ष (mokṣa) de liberação* सिद्धिः (siddhiḥ) é alcançado.
25- Portanto, se um é destruído, outro é (também) erradicado; se um estiver ativo, outro também se torna ativo. Se eles não forem destruídos, todos os indriyas (os sentidos) ficam ativamente envolvidos em seus respectivos trabalhos. Se ambos forem completamente erradicados, mokṣapada (o estado de liberação) é alcançado.

26- रसस्य मनसश्चैव चञ्चलत्वं स्वभावतः । रसो बद्धो मनो बद्धं किं न सिद्ध्यति भूतले ॥२६॥
(rasasya manasaḥ ca eva cañcala-tvaṃ sva-bhāvataḥ / rasaḥ baddhaḥ manaḥ baddhaṃ kiṃ na siddhyati bhūtale) //26//
रसस्य (rasasya) Mercúrio* च (ca) e* मनसः (manasaḥ) mente* चञ्चल-त्वं (cañcala-tvaṃ) são instáveis* स्व-भावतः (sva-bhāvataḥ) por natureza* रसः (rasaḥ) Se o mercúrio* बद्धः (baddhaḥ) for estabilizado* मनः (manaḥ) a mente* बद्धं (baddhaṃ) é estabilizada*. किं (kiṃ) Que* एव (eva) então* न (na) não* सिद्ध्यति (siddhyati) pode ser realizado* भूतले (bhūtale) neste mundo?
26 - Mercúrio e mente são instáveis por natureza. Se o mercúrio pode ser estabilizado, a mente, também, pode ser estabilizada. O que, então, é impossível atingir nesta terra?

27- मूर्च्छितो हरते व्याधीन्मृतो जीवयति स्वयम् । बद्धः खेचरतां धत्ते रसो वायुश्च पार्वति ॥२७॥
(mūrcchitaḥ harate vyādhīn mṛtaḥ jīvayati svayam / baddhaḥ khe-caratāṃ dhatte rasaḥ vāyuḥ ca pārvati) //27//
पार्वति (pārvati) Ó Pārvati! * रसः (rasaḥ) o mercúrio* च (ca) e* वायुः (vāyuḥ) o prāṇa*; मूर्च्छितः (mūrcchitaḥ) quando se tornam estáveis* हरते (harate) destroem* व्याधीन् (vyādhīn) todas as doenças* मृतः (mṛtaḥ) os mortos* धत्ते (dhatte) vem* जीवयति (jīvayati) à vida* स्वयम् (svayam) por si mesmos (ié. conferem longevidade)*. बद्धः (baddhaḥ) Quando estão unidos* खे-चरतां (khe-caratāṃ) pode se mover no espaço (ié. realizar khecharī).
27- Ó Pārvati! Quando o mercúrio e o prāṇa se tornam estáveis, todas as doenças são erradicadas; o que está morto vem à vida por si mesmo (ié. conferem longevidade). Quando eles estão unidos, pode se mover no espaço (ié. realizar khecharī).
Brahmananda: O mercúrio torna-se sólido e inativo por um certo processo. Da mesma forma, o prana é imobilizado quando absorvido no Brahmarandhra por meio de rechaka e kumbhaka. Quando o mercúrio é ligado (por um certo processo) e reduzido à forma de uma pílula, é chamado gahanagutika. E colocando-o na boca [não entenda literalmente], pode-se subir ao ar. Da mesma maneira, o prana, quando levado ao centro entre as duas sobrancelhas, permite que se eleve ao ar. O Goraksha Shataka diz: "Entre as sobrancelhas aparece uma mancha redonda, preta como uma bola de corante. É a essência do Vayu, e sua divindade tutelar é lshwara. Retendo o prana neste chakra, junto com a mente, por duas horas, dá a um yogin o poder levitar ".

28- मनः स्थैर्यं स्थिरो वायुस्ततो बिन्दुः स्थिरो भवेत् । बिन्दुस्थैर्यात्सदा सत्त्वं पिण्डस्थैर्यं प्रजायते ॥२८॥
(manas sthairye sthiraḥ vāyuḥ tataḥ binduḥ sthiraḥ bhavet / bindu sthairyāt sadā sattvaṃ piṇḍa sthairyaṃ prajāyate) //28//
मनस् (manas) Quando a mente* स्थैर्ये (sthairye) está firme* वायुः (vāyuḥ) o prāṇa* भवेत् (bhavet) torna-se* स्थिरः (sthiraḥ) estável* ततः (tataḥ) então* बिन्दुः (binduḥ) bindu* स्थिरः (sthiraḥ) também, se torna estável*. स्थैर्यात् (sthairyāt) Pela firmeza* बिन्दु (bindu) do bindu* प्रजायते (prajāyate) resulta* सत्त्वं (sattvaṃ) um estado sattvico* स्थैर्यं (sthairyaṃ) que produz firmeza* सदा (sadā) sempre* पिण्ड (piṇḍa) no corpo.
28- Quando a mente está firme, o prāṇa é estável, e então o bindu, também, se torna estável. Pela firmeza do bindu, resulta um estado sāttvico que produz firmeza do corpo. (A fonte do bindu no corpo é o sahasrara chakra. O centro que emite o néctar é bindu visarga situado na parte superior do dorso da cabeça. Bindu se manifesta nos centros inferiores do corpo também. Quando é estável no centro cerebral, então o bindu nas regiões inferiores, também, é estável.)

29- इन्द्रियाणां मनो नाथो मनोनाथस्तु मारुतः । मारुतस्य लयो नाथः स लयो नादमाश्रितः ॥२९॥
(indriyāṇāṃ manas nāthaḥ manas nāthaḥ tu mārutaḥ / mārutasya layaḥ nāthaḥ saḥ layaḥ nādam āśritaḥ) //29//
मनस् (manas) A mente* नाथः (nāthaḥ) é o senhor* इन्द्रियाणां (indriyāṇāṃ) dos indriyas (órgãos dos sentidos)*. मारुतः (mārutaḥ) O prāṇa* नाथः (nāthaḥ) é o senhor* मनस् (manas) da mente*. लयः (layaḥ) Laya (ou absorção)* नाथः (nāthaḥ) é o senhor* मारुतस्य (mārutasya) do prāṇa* तु (tu) por sua vez* सः (saḥ) esse* लयः (layaḥ) Laya* आश्रितः (āśritaḥ) depende* नादम् (nādam) do som interno.
(29) A mente é o senhor dos indriyas (os órgãos dos sentidos). Prana é o senhor da mente. Laya (ou absorção) é o senhor do prana, e esse laya depende do nada (o som interno).

30- सोऽयमेवास्तु मोक्षाख्यो मास्तु वापि मतान्तरे । मनःप्राणलये कश्चिदानन्दः सम्प्रवर्तते ॥३०॥
(saḥ ayam) eva astu mokṣa ākhyaḥ ma astu vā api mata antare / manas prāṇa laye kaś-cid ānandaḥ sampravartate) //30//
सः-अयम् (saḥ-ayam) Essa mesma absorção da mente* अस्तु (astu) é* आख्यः (ākhyaḥ) é chamada* मोक्ष (mokṣa) liberação* अन्तरे (antare) mas outros* मत (mata) podem dizer* म (ma) que não* अस्तु (astu) é* एव (eva) assim*. अपि (api) No entanto, quando* मनस् (manas) mente* प्राण (prāṇa) e prāṇa* लये (laye) são dissolvidos* आनन्दः (ānandaḥ) uma alegria* कश्-चिद् (kaś-cid) indizível* सम्प्रवर्तते (sampravartate) é experimentada.
30- Essa mesma absorção da mente é chamada mokṣa (liberação), mas outros podem dizer que não é assim. No entanto, quando a mente e o prāṇa são dissolvidos, uma alegria indizível é experimentada.
31- प्रनष्टश्वासनिश्वासः प्रध्वस्तविषयग्रहः । निश्चेष्टो निर्विकारश्च लयो जयति योगिनाम् ॥३१॥
(prāṇaṣṭa śvāsa niśvāsaḥ pradhvasta viṣaya grahaḥ / niś-ceṣṭaḥ nir-vikāraḥ ca layaḥ jayati yoginām) //31//
श्वास (śvāsa) Quando a inalação* निश्वासः (niśvāsaḥ) e a exalação* प्राणष्ट (prāṇaṣṭa) são suspensas*, विषय (viṣaya) quando a gratificação dos sentidos* प्रध्वस्त (pradhvasta) é suprimida* निश्-चेष्टः (niś-ceṣṭaḥ) quando não há movimento corporal* च (ca) e* निर्-विकारः (nir-vikāraḥ) nenhuma atividade mental* योगिनाम् (yoginām) então* o yogin* ग्रहः (grahaḥ) obtém* जयति (jayati) sucesso* लयः (layaḥ) em laya.
31- Quando a inalação e a exalação são suspensas, quando os sentidos não se ligam aos objetos, quando não há movimento corporal, e nenhuma atividade na mente, o yogin obtém sucesso em laya.
32- उच्छिन्नसर्वसङ्कल्पो निःशेषाशेषचेष्टितः । स्वावगम्यो लयः कोऽपि जायते वागगोचरः ॥३२॥
(ucchinna sarva saṅkalpaḥ niḥśeṣa aśeṣa ceṣṭitaḥ / sva avagamyaḥ layaḥ kaḥ-api jāyate vāc agocaraḥ) //32//
सर्व (sarva) Quando* अशेष (aśeṣa) todas as* सङ्कल्पः (saṅkalpaḥ) transformações mentais* उच्छिन्न (ucchinna) cessam [completamente]* चेष्टितः (ceṣṭitaḥ) quando não há movimento físico* जायते (jāyate) ocorre* लयः (layaḥ) um estado de laya* कःअपि (kaḥ-api) indescritível* स्व-अवगम्यः (sva-avagamyaḥ) só pode ser entendido por si mesmo* अगोचरः (agocaraḥ) e está além do alcance* वाच् (vāc) das palavras.
32- Quando todas as transformações mentais cessam completamente, quando não há movimento físico, ocorre um estado de absorção que só pode ser entendido por si mesmo e está além do alcance das palavras.

33- यत्र दृष्टिर्लयस्तत्र भूतेन्द्रियसनातनी । सा शक्तिर्जीवभूतानां द्वे अलक्ष्ये लयं गते ॥३३॥
(yatra dṛṣṭiḥ layaḥ tatra bhūta indriya sanātanī / sā śaktiḥ jīva bhūtānāṃ dve alakṣye layaṃ gate) //33//
यत्र (yatra) Quando* दृष्टिः (dṛṣṭiḥ) o foco mental* गते (gate) é dirigido* तत्र (tatra) para lá [Brahman]* जीव (jīva) a pessoa* लयः (layaḥ) fica absorvida*. भूत (bhūta) Os cinco elementos* इन्द्रिय (indriya) os sentidos* सनातनी (sanātanī) [que existem] eternamente* शक्तिः (śaktiḥ) e a energia [śakti]* भूतानां (bhūtānāṃ) que está em todos seres vivos* द्वे (dve) ambos* लयं (layaṃ) são dissolvidos* सा (sā) neste* अलक्ष्ये (alakṣye) insondável [Brahman].
33 - Quando o foco mental (dṛṣṭi) é dirigido para lá [em Brahman], a pessoa fica absorvida. Os cinco elementos e os sentidos que existem eternamente, e a energia [śakti] de todos os seres vivos - são dissolvidos no insondável [Brahman].
34- लयो लय इति प्राहुः कीदृशं लयलक्षणम् । अपुनर्वासनोत्थानाल्लयो विषयविस्मृतिः ॥३४॥
(layaḥ layaḥ iti prāhuḥ kīdṛśaṃ laya lakṣaṇam / 
apunar vāsanā utthānāt layaḥ viṣaya vismṛtiḥ) //34//
प्राहुः (prāhuḥ) [As pessoas] dizem* लयः (layaḥ) dissolução* लयः (layaḥ) dissolução* कीदृशं (kīdṛśaṃ) [mas] quais são* लक्षणम् (lakṣaṇam) as características* लय (laya) de laya? * लयः (layaḥ) Dissolução* विस्मृतिः (vismṛtiḥ) é a não lembrança* विषय (viṣaya) dos objetos dos sentidos* इति (iti) pois* वासना (vāsanā) as impressões latentes* अपुनर्उ त्थानात् (apunar utthānāt) não aparecem outra vez.
34- As pessoas dizem “laya, laya”, mas quais são as características de laya? Laya não é lembrança dos objetos dos sentidos, pois as impressões latentes [vāsanās] não se replicam.
Prática da Śāmbhavī Mudrā
35- अथ शाम्भवी (atha śāmbhavī) Now śāmbhavī mudrā is described.
वेदशास्त्रपुराणानि सामान्यगणिका इव । एकैव शाम्भवी मुद्रा गुप्ता कुलवधूरिव ॥३५॥
(veda śāstra purāṇāni sāmānya gaṇikāḥ iva / eka eva śāmbhavī mudrā guptā kula vadhūḥ iva) //35//
वेद (veda) Os Vedas* शास्त्र (śāstra) os Śāstras* पुराणानि (purāṇāni) e os Purāṇas* इव (iva) [são] como* गणिकाः (gaṇikāḥ) prostitutas* सामान्य (sāmānya) comuns*. एव (eva) Certamente* शाम्भवी-मुद्रा (śāmbhavī-mudrā) o śāmbhavī mudrā (concentração no centro das sobrancelhas)* गुप्ता (guptā) é reservado* इव (iva) como* वधूः (vadhūḥ) uma mulher* कुल (kula) de família.
35- Os Vedas, os Śāstras e os Purāṇas são como prostitutas comuns. Mas o śāmbhavī mudrā (concentração no centro das sobrancelhas) é resguardado como uma mulher de família.

36- अन्तर्लक्ष्यं बहिर्दृष्टिर्निमेषोन्मेषवर्जिता । एषा सा शाम्भवी मुद्रा वेदशास्त्रेषु गोपिता ॥३६॥
(antar lakṣyaṃ bahis dṛṣṭiḥ nimeṣa unmeṣa varjitā / eṣā sā śāmbhavī mudrā veda śāstreṣu gopitā) //36//
लक्ष्यं (lakṣyaṃ) Fixar a mente* अन्तर् (antar) internamente* दृष्टिः (dṛṣṭiḥ) e manter os olhos* बहिस् (bahis) [direcionados para] objetos externos* वर्जिता (varjitā) sem* निमेषोन्मेष (nimeṣonmeṣa) piscar* शाम्भवी-मुद्रा (śāmbhavī-mudrā) [é chamado] śāmbhavī mudrā*. गोपिता (gopitā) É mantido em segredo* वेद (veda) nos Vedas* शास्त्रेषु (śāstreṣu) e nos Śāstras.
36- Fixar a mente internamente e manter os olhos direcionados para alguns objetos externos sem piscar, é chamado de śāmbhavī mudrā. É mantido em segredo em todos os Vedas e Śāstras.

37-अन्तर्लक्ष्यविलीनचित्तपवनो योगी यदा वर्तते दृष्ट्या निश्चलतारया बहिरधः पश्यन्नपश्यन्नपि । मुद्रेयं खलु शाम्भवी भवति सा लब्धा प्रसादाद्गुरोः
शून्याशून्यविलक्षणं स्फुरति तत्तत्त्वं पदं शाम्भवम् ॥३७॥
(antar lakṣya vilīna citta pavanaḥ yogī yadā vartate dṛṣṭyā niścala tārayā bahis adhaḥ paśyan apaśyan api / mudrā iyaṃ khalu śāmbhavī bhavati sā labdhā prasādāt guroḥ śūnya āśūnya vilakṣaṇaṃ sphurati tad tattvaṃ padaṃ śāmbhavam) //37//
यदा (yadā) Se* योगी (yogī) o yogin* चित्त (citta) [permanece] com a mente* पवनः (pavanaḥ) e o prāṇa* विलीन (vilīna) absorvidos* लक्ष्य (lakṣya) no objeto de meditação* अन्तर् (antar) interno* दृष्ट्या (dṛṣṭyā) e olhando* वर्तते (vartate) fixamente* तारया (tārayā) com as pupilas* निश्चल (niścala) imóveis* अपश्यन् (apaśyan) e não vendo nada* अपि (api) enquanto* पश्यन् (paśyan) olha* बहिस् (bahis) para fora* अधः (adhaḥ) ou para baixo*. इयं (iyaṃ) Isso é* खलु (khalu) de fato* शाम्भवी-मुद्रा (śāmbhavī-mudrā) śāmbhavī mudrā*. लब्धा (labdhā) [Quando é] dado* प्रसादात् (prasādāt) pela graça* गुरोः (guroḥ) do guru* विलक्षणं (vilakṣaṇaṃ) um maravilhoso sinal de* शून्य (śūnya) vazio* आशून्य (āśūnya) ou não vazio* भवति (bhavati) é* स्फुरति (sphurati) manifestado* तद् (tad) [dentro do qual]* पदं (padaṃ) está o estado* तत्त्वं (tattvaṃ) real* शाम्भवम् (śāmbhavam) de Śambhu [Śiva].
37- Se o yogin permanece com a mente e o prana absorvidos no objeto interno, olhando fixamente com pupilas imóveis, e não vê nada enquanto olha para fora ou para baixo, isso é de fato chamado śāmbhavī mudrā. Quando é dado pela graça do guru, um maravilhoso sinal de śūnya (vazio) ou aśūnya (não-vazio) é manifestado. Este é o estado real de Śambhu [Śiva].
Brahmananda: A atenção deve ser direcionada ao chakra Anahata e à contemplação sobre Īśvara (deus pessoal, com atributos) ou sobre Brahman, que é o objeto real das duas frases: "Quem Tu és" (Tat Twam Asi), e "Eu sou Brahman" (Aham Brahmasmi). Está além do vazio porque, sendo absorvido no objeto contemplado, torna-se da natureza de Sat (existência). Também está além do não-vazio, porque mesmo essa concepção cessa depois.

38- श्रीशाम्भव्याश्च खेचर्या अवस्थाधामभेदतः । भवेच्चित्तलयानन्दः शून्ये चित्सुखरूपिणि ॥३८॥
(śrī śāmbhavyāḥ ca khecaryāḥ avasthā dhāman bhedataḥ / bhavet citta laya ānandaḥ śūnye cit sukha rūpiṇi) //38//
श्री (śrī) Os considerados* शाम्भव्याः (śāmbhavyāḥ) Śāmbhavī* च (ca) e* खेचर्याः (khecaryāḥ) khecarī* भवेत् (bhavet) são* अवस्था (avasthā) estados* भेदतः (bhedataḥ) diferentes* धामन् (dhāman) devido ao lugar [de concentração]*. सुख (sukha) Facilmente* लय (laya) [levam à] absorção* चित्त (citta) da mente* आनन्दः (ānandaḥ) [e trazem] bem aventurança* शून्ये (śūnye) e sensação do vazio* रूपिणि (rūpiṇi) forma* चित् (cit) da Consciência [absoluta]. 
38- Śāmbhavī e khecarī são dois estados diferentes devido ao lugar de concentração, mas ambos levam à absorção da mente, em bem aventurança e no vazio, formas da consciência [absoluta].
Brahmananda: É chamado de vazio porque não é afetado pelo tempo, lugar ou matéria. Não tem nada como ela mesma e, no entanto, nada diferente de si mesma. Os estados dos dois mudras seriam diferentes porque, em Shambhavi mudra, os olhos são direcionados para algum objeto externo. Os lugares são diferentes porque em Shambhavi mudra a atenção é fixada no chakra Anahata, e em Khechari mudra entre as sobrancelhas. 
Prática da Unmanī
39- अथ उन्मनी (Atha unmani) Agora unmanī é descrito.
तारे ज्योतिषि संयोज्य किंचिदुन्नमयेद्भ्रुवौ । पूर्वयोगं मनो युञ्जन्नुन्मनीकारकः क्षणात् ॥३९॥
(tāre jyotiṣi saṃyojya kiñ-cid unnamayet bhruvau / pūrva yogaṃ manas yuñjan unmanī kārakaḥ kṣaṇāt) //39//
तारे (tāre) as pupilas [dos olhos]* संयोज्य (saṃyojya) devem ser direcionadas* ज्योतिषि (jyotiṣi) para a luz* उन्नमयेत् (unnamayet) levantando* भ्रुवौ (bhruvau) as sobrancelhas* किञ्-चिद् (kiñ-cid) um pouco para cima* मनस् (manas) e a mente* युञ्जन् (yuñjan) deve ser concentrada* योगं (yogaṃ) [segundo os métodos] do yoga [śāmbhavī mudrā]* पूर्व (pūrva) [descritos] antes*. कारकः (kārakaḥ) Isso causará* उन्मनी (unmanī) Unmani* क्षणात् (kṣaṇāt) imediatamente.
39- As pupilas (dos olhos) devem ser direcionadas para a luz, levantando as sobrancelhas um pouco para cima, e a mente deve ser concentrada de acordo com os métodos descritos antes (śāmbhavī mudrā). Isso traz o estado de unmanī imediatamente.

40- केचिदागमजालेन केचिन्निगमसङ्कुलैः । केचित्तर्केण मुह्यन्ति नैव जानन्ति तारकम् ॥४०॥
(ke-cid āgama jālena ke-cid nigama saṅkulaiḥ / ke-cid tarkeṇa muhyanti na eva jānanti tārakam) //40//
के-चिद् (ke-cid) Alguns* जालेन (jālena) ficam confusos* आगम (āgama) com os āgamas* के-चिद् (ke-cid) alguns* सङ्कुलैः (saṅkulaiḥ) são iludidos* निगम (nigama) pelos textos védicos* के-चिद् (ke-cid) outros* मुह्यन्ति (muhyanti) são confundidos* तर्केण (tarkeṇa) com a análise lógica* एव (eva) certamente* न (na) não* जानन्ति (jānanti) conhecem os meios* तारकम् (tārakam) de liberação.
40- Alguns ficam confusos com a complexidade dos āgamas, alguns são iludidos pelos textos védicos, e outros são confundidos pela análise lógica. Certamente eles não sabem como podem ser liberados.
Concentração na ponta do nariz
41- अर्धोन्मीलितलोचनः स्थिरमना नासाग्रदत्तेक्षणश् चन्द्रार्कावपि लीनतामुपनयन्निस्पन्दभावेन यः । ज्योतीरूपमशेषबीजमखिलं देदीप्यमानं परं तत्त्वं तत्पदमेति वस्तु परमं वाच्यं किमत्राधिकम् ॥४१॥
(ardha unmīlita locanaḥ sthira manāḥ nāsa agra datta ikṣaṇāḥ candra arkāu api līnatām upanayan nispanda bhāvena yaḥ / jyotīs rūpam aśeṣa bījam akhilaṃ dedīpyamānaṃ paraṃ tattvaṃ
tad padam eti vastu paramaṃ vācyaṃ kim atra adhikam) //41//
मनाः (manāḥ) [Com uma] mente* स्थिर (sthira) firme* लोचनः (locanaḥ) e com os olhos* अर्ध (ardha) semi* उन्मीलित (unmīlita) cerrados* इक्षण (ikṣaṇa) com a visão* निस्पन्द (nispanda) sem movimento* दत्त (datta) direcionada* अग्र (agra) na ponta* नास (nāsa) do nariz* लीनताम् (līnatām) e suspendendo* भावेन (bhāvena) estados (do corpo, sentidos e mente)* अपि (api) também* चन्द्र (candra) da lua (idā)* अर्काव् (arkāv) e do sol (piṅgalā)*. यः (yaḥ) Aquele (que medita)* एति (eti) atinge* तद् (tad) aquela* पदम् (padam) morada* रूपम् (rūpam) da forma* देदीप्यमानं (dedīpyamānaṃ) de refulgente* ज्योतीस् (jyotīs) luz* तत्त्वं (tattvaṃ) e verdade* बीजम् (bījam) bīja (semente)* अशेष (aśeṣa) de tudo* परमं (paramaṃ) a Suprema* वस्तु (vastu) Realidade*. किम् (kim) O que* अधिकम् (adhikam) mais* अत्र (atra) aqui* वाच्यं (vācyaṃ) poderia ser dito?
41- Com uma mente firme e olhos semicerrados, com visão fixa direcionada na ponta do nariz, suspendendo estados (do corpo, dos sentidos e da mente), também, da lua (idā) e do sol (piṅgalā). Aquele que medita atinge aquela morada da forma de refulgente luz e verdade, fonte de tudo, a Realidade Suprema. O que mais poderia ser dito?
42- दिवा न पूजयेल्लिङ्गं रात्रौ चैव न पूजयेत् । सर्वदा पूजयेल्लिङ्गं दिवारात्रिनिरोधतः ॥४२॥
(divā na pūjayet liṅgaṃ rātrau ca eva na pūjayet / sarvadā pūjayet liṅgaṃ divā rātri nirodhataḥ) //42//
एव (eva) Certamente* न (na) não* पूजयेत् (pūjayet) [se deve] contemplar* लिङ्गं (liṅgaṃ) o Liṅga (Self)* दिवा (divā) [durante o] dia* च (ca) e* न (na) não* पूजयेत् (pūjayet) se deve contemplar [o Liṅga]* रात्रौ (rātrau) à noite*. सर्वदा (sarvadā) Sempre* पूजयेत् (pūjayet) contemple* लिङ्गं (liṅgaṃ) o Self* निरोधतः (nirodhataḥ) depois de refrear* दिवा (divā) o dia (piṅgalā)* रात्रि (rātri) e a noite (idā).
42- Não se deve contemplar o Liṅga (Self) durante o dia (quando o prāṇa está fluindo através de sūrya ou piṅgalā) ou à noite (quando prāṇa está fluindo através da candra ou idā). Sempre contemple o Liṅga depois de refrear o dia e a noite.
Brahmananda: "Liṅga" aqui significa o Self (Ātman). É dia quando o prāṇa flui através do sol (piṅgalā), e noite quando ele flui através da lua (idā). Não se deve contemplar o Self quando o prāṇa está fluindo através de um deles. Deve-se parar o curso do prāṇa através do idā ou piṅgalā e fazê-lo fluir através da suṣumṇā ao contemplar o Self.

Realização de Khecarī Mudra
43- अथ खेचरी (atha khecarī ) Agora khecarī é descrita.
सव्यदक्षिणनाडीस्थो मध्ये चरति मारुतः । तिष्ठते खेचरी मुद्रा तस्मिन्स्थाने न संशयः ॥४३॥
(savya dakṣiṇa nāḍī-sthaḥ madhye carati mārutaḥ / tiṣṭhate khecarī mudrā tasmin sthāne na saṃśayaḥ) //43//
मारुतः (mārutaḥ) Quando o prāṇa* नाडी-स्थः (nāḍī-sthaḥ) [que está] nos nāḍīs* दक्षिण (dakṣiṇa) da direita* सव्य (savya) e da esquerda* चरति (carati) [e passa a] fluir* तिष्ठते (tiṣṭhate) naturalmente* मध्ये (madhye) do meio (na suṣumṇā)* खेचरी-मुद्रा (khecarī-mudrā) a khecarī mudrā* स्थाने (sthāne) se estabelece* न (na) não* संशयः (saṃśayaḥ) há dúvidas* तस्मिन् (tasmin) sobre isso.
43- Quando a prāṇa que está nos nāḍīs da direita (piṅgalā) e da esquerda (idā), passa a fluir naturalmente no meio (na suṣumṇā), a khecarī mudrā é realizada. Não há dúvidas sobre isso.

44- इडापिङ्गलयोर्मध्ये शून्यं चैवानिलं ग्रसेत् । तिष्ठते खेचरी मुद्रा तत्र सत्यं पुनः पुनः ॥४४॥
(iḍā piṅgalayoḥ madhye śūnyaṃ ca eva anilaṃ graset / tiṣṭhate khecarī mudrā tatra satyaṃ punaḥ punaḥ) //44//
शून्यं (śūnyaṃ) [Quando] o śūnya (vazio)* मध्ये (madhye) no meio* इडा (iḍā) de iḍā* पिङ्गलयोः (piṅgalayoḥ) e piṅgala* ग्रसेत् (graset) engolir* अनिलं (anilaṃ) o prāṇa* च-एव (caiva) então* खेचरी-मुद्रा (khecarī-mudrā) khecarī mudrā* तिष्ठते (tiṣṭhate) se estabelece* तत्र (tatra) lá*. सत्यं (satyaṃ) Sendo verdade* पुनः (punaḥ) [pratique] outra vez* पुनः (punaḥ) repetidamente.
44- Quando o vazio (śūnya) entre entre idā e piṅgalā absorve o prāṇa (ié. quando o prāṇa se move na suṣumṇā). khecarī mudrā se estabelece firmemente. Pratique repetidamente.

45- सूर्याचन्द्रमसोर्मध्ये निरालम्बान्तरे पुनः । संस्थिता व्योमचक्रे या सा मुद्रा नाम खेचरी ॥४५॥
(sūryā candra-masoḥ madhye nirālamba antare punaḥ / saṃsthitā vyoma-cakre yā sā mudrā nāma khecarī) //45//
नाम (nāma) O nome* सा (sā) dessa* मुद्रा (mudrā) mudrā* खेचरी (khecarī) é khecarī* या (yā) que [é realizada]* अन्तरे (antare) no espaço* निर्-आलम्ब (nirālamba) nirālamba [sem suporte]* व्योम-चक्रे (vyoma-cakre) vyoma cakra* संस्थिता (saṃsthitā) localizado* मध्ये (madhye) entre* सूर्या (sūryā) sol* -चन्द्र-मसोः (candra-masoḥ) canal da lua.
45- O nome dessa mudrā é khecarī que é realizada no nirālamba, espaço sem suporte do vyoma cakra (o centro do éter ou vazio) localizado entre o sol (piṅgalā) e a lua (idā).

46- सोमाद्यत्रोदिता धारा साक्षात्सा शिववल्लभा । पूरयेदतुलां दिव्यां सुषुम्णां पश्चिमे मुखे ॥४६॥
(somāt yatra uditā dhārā sākṣāt sā śiva vallabhā / pūrayet atulāṃ divyāṃ suṣumṇāṃ paścime mukhe) //46//
सा (sā) Esta [A khecarī mudrā]* यत्र (yatra) pela qual* धारा (dhārā) o fluxo [do néctar]* उदिता (uditā) que flui* सोमात् (somāt) da lua [é bloqueado]* वल्लभा (vallabhā) é amada* शिव (śiva) por Śiva* साक्षात् (sākṣāt) [em forma] manifestada*. मुखे (mukhe) A boca* अतुलां (atulāṃ) da incomparável* दिव्यां (divyāṃ) e divina* सुषुम्णां (suṣumṇāṃ) suṣumṇā* पूरयेत् (pūrayet) deve ser fechada* पश्चिमे (paścime) [com a língua] virada para traz.
46- ​​[A khecarī mudrā] pela qual o fluxo [do néctar] que flui da Lua [é bloqueado], é a amada de Śiva em forma visível. A boca da inigualável e divina Suṣumṇā deve ser fechada [com a língua] virada para cima (tocando o palato].

Khecarī Mudrā leva a Unmanī
47- पुरस्ताच्चैव पूर्येत निश्चिता खेचरी भवेत् । अभ्यस्ता खेचरी मुद्राप्युन्मनी सम्प्रजायते ॥४७॥
(purastāt ca eva pūryeta niścitā khecarī bhavet / abhyastā khecarī mudrā api unmanī samprajāyate) //47//
पूर्येत (pūryeta) [A Suṣumṇā deve ser] preenchida [com prāṇa]* पुरस्तात् (purastāt) antes*. भवेत् (bhavet) É* निश्चिता (niścitā) o verdadeiro* खेचरी (khecarī) khecarī*. अभ्यस्ता (abhyastā) Pela prática-खेचरीमुद्रा (khecarīmudrā) do khecarīmudrā* सम्प्रजायते (samprajāyate) surge* उन्मनी (unmanī) o Unmanī Avastha.
47- A Suṣumṇā deve ser preenchida antes [da suspensão do prāṇa]. É [então] o verdadeiro khecarī. Pela prática de khecarī mudrā, surge o Unmanī Avasthā.
Brahmananda: Se a Susumna não é preenchida pelo prāṇa no momento da prática, mas apenas pela khecarī-mudrā, ou seja, pela posição da língua na extremidade traseira, isso leva a um estado de estupor. Este não é o verdadeiro khecarī-mudrā.


48- भ्रुवोर्मध्ये शिवस्थानं मनस्तत्र विलीयते । ज्ञातव्यं तत्पदं तुर्यं तत्र कालो न विद्यते ॥४८॥
(bhruvoḥ madhye śiva sthānaṃ manas tatra vilīyate / jñātavyaṃ tad padaṃ turyaṃ tatra kālaḥ na vidyate) //48//
स्थानं (sthānaṃ) A morada* शिव (śiva) de Śiva* मध्ये (madhye) [localiza-se] entre* भ्रुवोः (bhruvoḥ) as sobrancelhas* तत्र (tatra) onde* मनस् (manas) a mente* विलीयते (vilīyate) é absorvida*. तद् (tad) Esse* पदं (padaṃ) estado* ज्ञातव्यं (jñātavyaṃ) é reconhecido* तुर्यं (turyaṃ) como turīya [avasthā]* तत्र (tatra) lá* कालः (kālaḥ) o tempo (morte)* न (na) não* विद्यते (vidyate) existe.
48- A morada de Śiva está entre as sobrancelhas e a mente é absorvida ali. Esse estado é conhecido como turīya avasthā, onde o tempo [morte] não existe.

Yoga Nidrā através de Khecarī
49- अभ्यसेत्खेचरीं तावद्यावत्स्याद्योगनिद्रितः । सम्प्राप्तयोगनिद्रस्य कालो नास्ति कदाचन ॥४९॥
(abhyaset khecarīṃ tāvat yāvat syāt yoga nidritaḥ / samprāpta yoga-nidrasya kālaḥ na asti kadācana) //49//
अभ्यसेत् (abhyaset) Deve-se praticar* खेचरीं (khecarīṃ) khecarī mudrā* तावत्-यावत् (tāvat-yāvat) até que se* स्यात् (syāt) entre* योग (yoga) em yoga* निद्रितः (nidritaḥ) nidrā*. सम्प्राप्त (samprāpta) Para aquele que atingiu* योग-निद्रस्य (yoga-nidrasya) yoga nidrā* कालः (kālaḥ) o tempo (morte)* कदाचन (kadācana) não mais* अस्ति (asti) existe.
49 - Deve-se praticar khecarī mudrā até que se entre em yoga nidrā. Para aquele que atingiu yoga nidrā, o tempo (morte) não existe.

50- निरालम्बं मनः कृत्वा न किंचिदपि चिन्तयेत् । सबाह्याभ्यन्तरं व्योम्नि घटवत्तिष्ठति ध्रुवम् ॥५०॥
(nirālambaṃ manas kṛtvā na kiñcid api cintayet / saḥ bāhya abhyantare vyomni ghaṭavat tiṣṭhati dhruvam) //50//
कृत्वा (kṛtvā) Tendo tornado* मनस् (manas) a mente* निरालम्बं (nirālambaṃ) sem objeto* चिन्तयेत् (cintayet) pensando* न-किञ्चित् (na-kiñcit) em nada*. सः (saḥ) [Então] ele* ध्रुवम् (dhruvam) certamente* तिष्ठति (tiṣṭhati) permanece* घटवत् (ghaṭavat) [como um] pote* अभ्यन्तरे (abhyantare) [cheio] por dentro* अपि (api) e também* बाह्य (bāhya) por fora* व्योम्नि (vyomni) com espaço.
50 - Tendo deixado a mente sem objeto, não se deve pensar em absolutamente nada. Então, de fato, ele permanece como um pote cheio com espaço por dentro e por fora.

51- बाह्यवायुर्यथा लीनस्तथा मध्यो न संशयः । स्वस्थाने स्थिरतामेति पवनो मनसा सह ॥५१॥
(bāhya vāyuḥ yathā līnaḥ tathā madhyaḥ na saṃśayaḥ / sva sthāne sthiratām eti pavanaḥ manasā saha) //51//
वायुः (vāyuḥ) [Quando a] respiração* बाह्य (bāhya) externa* लीनः (līnaḥ) é suspensa* यथा (yathā) similarmente* मध्यः (madhyaḥ) a do meio [é suspensa]*. न (na) Não* संशयः (saṃśayaḥ) há dúvida* पवनः (pavanaḥ) [de que] o prāṇa* सह (saha) [junto] com* मनसा (manasā) a mente* तथा (tathā) também* एति (eti) se tornará* स्थिरताम् (sthiratām) estável* स्व (sva) em seu próprio* स्थाने (sthāne) lugar.
51. Quando a respiração externa é interrompida [pela prática de Khecari], da mesma forma a do meio [a respiração dentro do corpo também é suspensa]. Não há dúvidas sobre isso. Então o prāṇa, junto com a mente, se tornará estável em seu próprio lugar (Brahmarandhra).

52- एवमभ्यस्यतस्तस्य वायुमार्गे दिवानिशम् । अभ्यासाज्जीर्यते वायुर्मनस्तत्रैव लीयते ॥५२॥
(evam abhyasyataḥ tasya vāyu mārge divā niśam / abhyāsāt jīryate vāyuḥ mana statra eva līyate) //52//
तस्य (tasya) O yogin*अभ्यस्यतः (abhyasyataḥ) que pratica* एवम् (evam) deste modo* मार्गे (mārge) o curso* वायु (vāyu) do prāṇa [ié. através da suṣumṇā]* दिवा (divā) dia* निशम् (niśam) e noite* तत्र (tatra) onde* वायुः (vāyuḥ) o prāṇa* अभ्यासात् (abhyāsāt) através da prática* एव (eva) é corretamente* लीयते (līyate) é absorvido* मनस् (manas) [lá] a mente* जीर्यते (jīryate) [também] é absorvida.
52. [O yogin] que assim pratica o curso do prāṇa [i.e. através da suṣumṇā] dia e noite, onde o prāṇa, através da prática, é absorvido, lá a mente também é absorvida.

53- अमृतैः प्लावयेद्देहमापादतलमस्तकम् । सिद्ध्यत्येव महाकायो महाबलपराक्रमः ॥५३॥
(amṛtaiḥ plāvayet deham ā pādatala mastakam / siddhyati eva mahā kāya mahā bala parākramaḥ) //53//
प्लावयेत् (plāvayet) [Deve-se] inundar* देहम् (deham) o corpo* आ (ā) da* मस्तकम् (mastakam) cabeça* पादतल (pādatala) até as solas dos pés* अमृतैः (amṛtaiḥ) com o néctar [que flui da lua]*. सिद्ध्यति (siddhyati) [O yogin] se torna dotado* एव (eva) certamente* काय (kāya) de um corpo* महा (mahā) superior* महा (mahā) com grande* बल (bala) força* पराक्रमः (parākramaḥ) e coragem.
53- Deve-se inundar o corpo da cabeça aos pés com o néctar [que flui da lua]. [O yogin] então se torna dotado de um corpo superior, com grande força e coragem. [Assim, a Khecarī foi descrita].

54- शक्तिमध्ये मनः कृत्वा शक्तिं मानसमध्यगाम् । मनसा मन आलोक्य धारयेत्परमं पदम् ॥५४॥
(śakti madhye manas kṛtvā śaktiṃ mānasa madhyagām / manasā manas ālokya dhārayet paramaṃ padam) //54//
कृत्वा (kṛtvā) Tendo [colocado]* मनस् (manas) a mente* मध्ये (madhye) no centro* शक्ति (śakti) da Śakti (Kuṇḍalinī)* शक्तिं (śaktiṃ) e a Śakti* मध्यगाम् (madhyagām) no centro* मानस (mānasa) da mente* आलोक्य (ālokya) observe* मनस् (manas) a mente*. मनसा (manasā) com a mente* धारयेत् (dhārayet) e medite* परमं (paramaṃ) no supremo* पदम् (padam) estado.
54- Centrando a mente na Śakti (Kuṇḍalinī), e a Śakti no centro da mente, observe a mente com a mente, e medite no supremo estado.

55- खमध्ये कुरु चात्मानमात्ममध्ये च खं कुरु । सर्वं च खमयं कृत्वा न किंचिदपि चिन्तयेत् ॥५५॥
(kha madhye kuru ca ātmānam ātma madhye ca khaṃ kuru / sarvaṃ ca kha-mayaṃ kṛtvā na kiñcid api cintayet) //55//
कुरु (kuru) coloque* आत्मानम् (ātmānam) o Self* मध्ये (madhye) no meio* ख (kha) do espaço [Ākāśa]* च (ca) e* कुरु (kuru) coloque* खं (khaṃ) o espaço [Ākāśa]* मध्ये (madhye) no meio* आत्म (ātma) do Self*; च (ca) e* कृत्वा (kṛtvā) reduzindo* सर्वं (sarvaṃ) tudo* ख-मयं (kha-mayaṃ) [à natureza] do espaço [Ākāśa]*, च (ca) e* न (na) não* चिन्तयेत् (cintayet) pense* अपि (api) mesmo* किञ्चिद् (kiñcid) em outra coisa*
55- Coloque o Self (Atman) no meio do ākāśa e o ākāśa no meio do Self; e reduzindo tudo à natureza de ākāśa, e não pense em mais nada.
Brahmananda: Aqui, Ākāśa significa Brahman, no qual a pessoa deve fazer o Self dissolver, através da meditação da forma 'Brahman é o Self' e 'Eu sou Brahman'. Então, mesmo essa meditação, onde há cognição de sujeito e objeto, tem que terminar.

56- अन्तः शून्यो बहिः शून्यः शून्यः कुम्भ इवाम्बरे । अन्तः पूर्णो बहिः पूर्णः पूर्णः कुम्भ इवार्णवे ॥५६॥
(antar śūnyaḥ bahis śūnyaḥ śūnyaḥ kumbhaḥ iva ambare / antar pūrṇaḥ bahis pūrṇaḥ pūrṇaḥ kumbhaḥ iva arṇave) //56//
शून्यः (śūnyaḥ) Vazio* अन्तर् (antar) por dentro*, शून्यः (śūnyaḥ) vazio* बहिस् (bahis) por fora*, शून्यः (śūnyaḥ) vazio* इव (iva) como* कुम्भः (kumbhaḥ) um pote* अम्बरे (ambare) no espaço (ākāśa)*. पूर्णः (pūrṇaḥ) Cheio* अन्तर् (antar) dentro*, पूर्णः (pūrṇaḥ) cheio* बहिस् (bahis) fora*, पूर्णः (pūrṇaḥ) cheio* इव (iva) como* कुम्भः (kumbhaḥ) um pote* अर्णवे (arṇave) no oceano*.
56- Vazio dentro, vazio fora, vazio como um pote no espaço (ākāśa). Cheio dentro, cheio fora, cheio como o pote no oceano. [Tal é o estado do Yogin na meditação.]
57- बाह्यचिन्ता न कर्तव्या तथैवान्तरचिन्तनम् । सर्वचिन्तां परित्यज्य न किंचिदपि चिन्तयेत् ॥५७॥
(bāhya cintā na kartavyā tatha eva āntara cintanam / sarva cintāṃ parityajya na kiñcid api cintayet) //57//
न (na) Não* कर्तव्या (kartavyā) deve haver* चिन्ता (cintā) pensamentos* बाह्य (bāhya) externos* अपि (api) nem* चिन्तां (cintāṃ) pensamentos* आन्तर (āntara) internos*. परित्यज्य (parityajya) Excluindo* सर्व (sarva) todos* तथ-एव (tatha eva) tipos* चिन्तनम् (cintanam) de pensamentos* न (na) não* चिन्तयेत् (cintayet) [deve] pensar* किञ्चिद् (kiñcid) em nada*.
57- Não deve haver nem pensamentos externos nem pensamentos internos. Excluindo todos pensamentos [subjetivos e objetivos], ele não deveria pensar em nada.

Os pensamentos criam o universo
58- संकल्पमात्रकलनैव जगत्समग्रं संकल्पमात्रकलनैव मनोविलासः ।
संकल्पमात्रमतिमुत्सृज निर्विकल्पम् आश्रित्य निश्चयमवाप्नुहि राम शान्तिम् ॥५८॥
(saṃkalpa mātra kalanā eva jagat samagraṃ - saṃkalpa mātra kalanā eva manas vilāsaḥ / saṃkalpa mātra matim utsṛja nirvikalpam - āśritya niścayam avāpnuhi rāma śāntim) //58//
जगत् (jagat) O universo* समग्रं (samagraṃ) inteiro* एव (eva) certamente* मात्र (mātra) é mera* कलना (kalanā) criação* संकल्प (saṃkalpa) do pensamento*. विलासः (vilāsaḥ) A função* मनस् (manas) da mente* एव (eva) certamente* कलना (kalanā) é criada* मात्र (mātra) apenas* सङ्कल्प (saṃkalpa) pelo pensamento*. उत्सृज (utsṛja) Tendo abandonado* सङ्कल्प (saṃkalpa) [todas as] criações de pensamentos* मात्र (mātra) e de qualquer* मतिम् (matim) desejo* आश्रित्य (āśritya) descanse* निर्विकल्पम् (nirvikalpam) no imutável*. निश्चयम् (niścayam) Então certamente* राम (rāma) Ó Rāma!* अवाप्नुहि (avāpnuhi) encontrarás* शान्तिम् (śāntim) a paz*.
58 - O universo inteiro é mera criação do pensamento. A função da mente é criada apenas pelo pensamento. Transcendendo a mente, que é composta de pensamentos [transformações], descanse no imutável. Então certamente, ó Rama, encontrarás a paz.
Brahmananda: Isto é retirado do Yoga-Vāsiṣṭha. No estado final, não há ator, desfrutador, experimentador. Não há um segundo. Nada existe sem isso e nada provém disso. Não é afetado pelo Tempo, Espaço e Matéria. Portanto, está livre de qualquer alteração.
59- कर्पूरमनले यद्वत्सैन्धवं सलिले यथा । तथा सन्धीयमानं च मनस्तत्त्वे विलीयते ॥५९॥
(karpūram anale yadvat saindhavaṃ salile yathā / tathā sandhīyamānaṃ ca manas tattve vilīyate) //59//
यद्वत् (yadvat) Como* कर्पूरम् (karpūram) a cânfora* अनले (anale) [se dissolve] no fogo* च (ca) e* यथा (yathā) como* सैन्धवं (saindhavaṃ) o sal* सलिले (salile) na água*, तथा (tathā) assim* मनस् (manas) a mente* विलीयते (vilīyate) se dissolve* सन्धीयमानं (sandhīyamānaṃ) em contato* तत्त्वे (tattve) com a realidade*.
59- Como a cânfora [se dissolve] no fogo, como o sal na água, a mente desaparece em contato com a Realidade (Brahman).

60- ज्ञेयं सर्वं प्रतीतं च ज्ञानं च मन उच्यते । ज्ञानं ज्ञेयं समं नष्टं नान्यः पन्था द्वितीयकः ॥६०॥
(jñeyaṃ sarvaṃ pratītaṃ ca jñānaṃ ca manas ucyate / jñānaṃ jñeyaṃ samaṃ naṣṭaṃ na anyaḥ panthā dvitīyakaḥ) //60//
सर्वं (sarvaṃ) Tudo* ज्ञेयं (jñeyaṃ) que pode ser conhecido* च (ca) e [tudo o que]* प्रतीतं (pratītaṃ) é conhecido* च (ca) e * ज्ञानं (jñānaṃ) o conhecimento [em si]* उच्यते (ucyate) chama-se* मनस् (manas) mente*. ज्ञानं (jñānaṃ) [Quando] o conhecimento* ज्ञेयं (jñeyaṃ) e o que pode ser conhecido* नष्टं (naṣṭaṃ) desaparecem* समं (samaṃ) juntos* न (na) não [há]* अन्यः (anyaḥ) outro* द्वितीयकः (dvitīyakaḥ) segundo* पन्था (panthā) modo*.
60- Tudo que pode ser conhecido [e tudo que] é conhecido, e o conhecimento [em si] chama-se mente. Quando o conhecimento e o cognoscível desaparecem juntos [com a mente], não há segunda maneira [a dualidade desaparece].
Dualidade se dissolve no estado Unmanī
61- मनोदृश्यमिदं सर्वं यत्किंचित्सचराचरम् । मनसो ह्युन्मनीभावाद्द्वैतं नैवोलभ्यते ॥६१॥
(manas dṛśyam idaṃ sarvaṃ yad kiñcid sacara acaram / manasaḥ hi unmanī bhāvāt dvaitaṃ na eva upalabhyate) //61//
यद् (yad) O que* किञ्चिद् (kiñcid) quer que seja* सचर (sacara) animado* अचरम् (acaram) ou inanimado* इदं (idaṃ) neste* सर्वं (sarvaṃ) todo [universo]* दृश्यम् (dṛśyam) [são] imagens* मनस् (manas) da mente*. मनसः (manasaḥ) [Quando] a mente* भावात् (bhāvāt) [atinge] o estado* उन्मनी (unmanī) além da mente* हि (hi) por essa razão* द्वैतं (dvaitaṃ) a dualidade* एव (eva) certamente* न (na) não* उपलभ्यते (upalabhyate) é percebida [ié. não existe]*.
61 - Tudo o que é animado ou inanimado neste universo são imagens da mente. Quando a mente atinge o estado unmanī, não há dualidade (isto é, não existe).


62- ज्ञेयवस्तुपरित्यागाद्विलयं याति मानसम् । मनसो विलये जाते कैवल्यमवशिष्यते ॥६२॥
(jñeya vastu parityāgāt vilayaṃ yāti mānasam / manasaḥ vilaye jāte kaivalyam avaśiṣyate) //62//
जाते (jāte) Quando todos* वस्तु (vastu) os objetos* ज्ञेय (jñeya) do conhecimento* परित्यागात् (parityāgāt) são abandonados* मानसम् (mānasam) a mente* याति (yāti) entra* विलयं (vilayaṃ) em dissolução*. मनसः (manasaḥ) [Quando] a mente* विलये (vilaye) é dissolvida* अवशिष्यते (avaśiṣyate) então, permanece* कैवल्यम् (kaivalyam) kaivalya*.
62 - Quando todos os objetos do conhecimento são abandonados, a mente é dissolvida. Quando a mente é assim dissolvida, então permanece apenas o estado de isolamento (kaivalya).

63- एवं नानाविधोपायाः सम्यक्स्वानुभवान्विताः । समाधिमार्गाः कथिताः पूर्वाचार्यैर्महात्मभिः ॥६३॥
(evaṃ nānā vidha upāyāḥ samyak sva anubhava anvitāḥ / samādhi mārgāḥ kathitāḥ pūrva ācāryaiḥ mahā ātmabhiḥ) //63//
एवं (evaṃ) Deste modo* नाना (nānā) as diferentes* विध (vidha) espécies* मार्गाः (mārgāḥ) de caminhos* [que levam]* समाधि (samādhi) ao samādhi* उपायाः (upāyāḥ) [e que utilizam] métodos* सम्यक् (samyak) corretos* कथिताः (kathitāḥ) [foram] descritos* पूर्व (pūrva) pelos antigos* महा (mahā) grandes* आचार्यैः (ācāryaiḥ) mestres* अन्विताः (anvitāḥ) baseados* स्व (sva) suas* अनुभव (anubhava) experiências* आत्मभिः (ātmabhiḥ) individuais*
63- Deste modo, existem vários métodos e caminhos que levam ao samādhi descritos pelos antigos grandes mestres que se basearam em suas próprias experiências.

64- सुषुम्णायै कुण्डलिन्यै सुधायै चन्द्रजन्मने । मनोन्मन्यै नमस्तुभ्यं महाशक्त्यै चिदात्मने ॥६४॥
(suṣumṇāyai kuṇḍalinyai sudhāyai candra janmane / manonmanyai namas tubhyaṃ mahā-śaktyai cit ātmane) //64//
नमस् (namas) Reverências* तुभ्यं (tubhyaṃ) e saudações* सुषुम्णायै (suṣumṇāyai) à suṣumṇā*, कुण्डलिन्यै (kuṇḍalinyai) à kuṇḍalinī*, सुधायै (sudhāyai) à sudhā [néctar gerado pela lua]*, चन्द्र (candra) à lua*, जन्मने (janmane) ao nascimento*, मनोन्मन्यै (manonmanyai) ao samādhi*, महा-शक्त्यै (mahā-śaktyai) à MahāŚakti*, चित्-आत्मने (cit-ātmane) [na forma de] Consciência pura.
64 - Saudações à suṣumṇā, à kuṇḍalinī, ao néctar gerado pela lua, à manonmanī (samādhi) e à MahāŚakti (supremo poder) na forma de Cidātmā (Consciência pura).

Prática de Nāda por Gorakṣanātha
65- अशक्यतत्त्वबोधानां मूढानामपि संमतम् । प्रोक्तं गोरक्षनाथेन नादोपासनमुच्यते ॥६५॥
(aśakya tattva bodhānāṃ mūḍhānām api saṃmatam / proktaṃ gorakṣanāthena nāda upāsanam ucyate) //65//
उच्यते (ucyate) [Agora vou] descrever* उपासनम् (upāsanam) a prática* नाद (nāda) do Nāda [som místico interno]* प्रोक्तं (proktaṃ) ensinada* गोरक्षनाथेन (gorakṣanāthena) por Goraksanātha* संमतम् (saṃmatam) e reconhecida* अपि (api) até mesmo* मूढानाम् (mūḍhānām) pelos ignorantes* अशक्य (aśakya) incapazes* बोधानां (bodhānāṃ) de compreender* तत्त्व (tattva) a verdade*
65- Eu vou descrever agora a prática do nāda (o som místico interno) ensinada por Gorakṣanātha, que é aceita até mesmo por aqueles ignorantes que são incapazes de entender e perceber a verdade.

Nāda Anusandhāna – Uma maneira de atingir Laya
66- श्रीआदिनाथेन सपादकोटिलयप्रकाराः कथिता जयन्ति । नादानुसन्धानकमेकमेव मन्यामहे मुख्यतमं लयानाम् ॥६६॥
(śrī ādi-nāthena sa-pāda-koṭi laya prakārāḥ kathitāḥ jayanti /
nāda anusandhānakam ekam eva manyāmahe mukhya-tamaṃ layānām) //66//
श्री-आदि-नाथेन (śrī ādi-nāthena) Śrī Ādinātha [o Senhor Śiva]* कथिताः (kathitāḥ) expôs* स-पाद-कोटि (sa-pāda-koṭi) um koti e um quarto [12.500.000]* प्रकाराः (prakārāḥ) maneiras* लय (laya) de dissolução [da mente]*; मन्यामहे (manyāmahe) Mas asseguramos* एकम् (ekam) que uma única* नाद (nāda) [a concentração] em Nāda* अनुसन्धानकम् (anusandhānakam) anusandhāna técnica de explorar o som místico interno* एव (eva) certamente* जयन्ति (jayanti) é a principal* मुख्य-तमं (mukhya-tamaṃ) e melhor* लयानाम् (layānām) dos métodos de dissolução da mente*
66- O primordial Senhor Shiva expôs uma infinidade de maneiras para a obtenção de laya; mas asseguramos que uma única técnica, a concentração em Nada [o som místico interno], é a mais eficiente.

67- मुक्तासने स्थितो योगी मुद्रां सन्धाय शाम्भवीम् । शृणुयाद्दक्षिणे कर्णे नादमन्तास्थमेकधीः ॥६७॥
(muktāsane sthitaḥ yogī mudrāṃ sandhāya śāmbhavīm / śṛṇuyāt dakṣiṇe karṇe nādam antaḥ-stham ekadhīḥ) //67//
योगी (yogī) O yogin* स्थितः (sthitaḥ) sentado em* मुक्तासने (muktāsane) muktāsana* सन्धाय (sandhāya) deve assumir o* शाम्भवीम् (śāmbhavīm) śāmbhavī* मुद्रां (mudrāṃ) mudrā* शृणुयात् (śṛṇuyāt) e ouvir os sons* अन्तः-स्थम् (antaḥ-stham) internos* नादम् (nādam) do nāda* कर्णे (karṇe) no ouvido* दक्षिणे (dakṣiṇe) direito* एकधीः (ekadhīḥ) com a mente concentrada.
67 - O yogin sentado em muktāsana deve assumir o śāmbhavī mudrā e ouvir os sons internos [nāda] no ouvido direito com a mente concentrada.


68- श्रवणपुटनयनयुगल घ्राणमुखानां निरोधनं कार्यम् । शुद्धसुषुम्णासरणौ स्फुटममलः श्रूयते नादः ॥६८॥
(śravaṇa puṭa nayana yugala ghrāṇa mukhānāṃ nirodhanaṃ kāryam / śuddha suṣumṇā saraṇau sphuṭam amalaḥ śrūyate nādaḥ) //68//
निरोधनं (nirodhanaṃ) fechando* पुट (puṭa) os orifícios* श्रवण (śravaṇa) dos ouvidos*, युगल (yugala) os dois* नयन (nayana) os olhos*, घ्राण (ghrāṇa) o nariz* मुखानां (mukhānāṃ) e a boca*, अमलः(amalaḥ) um claro* स्फुटम् (sphuṭam) e distinto* नादः (nādaḥ) nada [som]* श्रूयते (śrūyate) é ouvido* सरणौ (saraṇau) na passagem* सुषुम्णा (suṣumṇā) da suṣumṇā* कार्यम् (kāryam) purificada* शुद्ध (śuddha) das impurezas.
68 - Fechando os ouvidos, olhos, nariz e boca, um claro e distinto som do nāda é ouvido na passagem da suṣumṇā, purificada de todas as impurezas.

69- आरम्भश्च घटश्चैव तथा परिचयोऽपि च । निष्पत्तिः सर्वयोगेषु स्यादवस्थाचतुष्टयम् ॥६९॥
(ārambhaḥ ca ghaṭaḥ ca eva tathā paricayaḥ api ca / niṣpattiḥ sarva yogeṣu syāt avasthā catuṣṭayam) //69//
सर्व (sarva) Em todas as [práticas]* योगेषु (yogeṣu) do yoga* स्यात् (syāt) há* चतुष्टयम् (catuṣṭayam) um grupo de quatro* अवस्था (avasthā) estados: आरम्भः (ārambhaḥ) inicial* च (ca) e* घटः (ghaṭaḥ) [vaso]* च (ca) e* एव (eva) certamente* परिचयः (paricayaḥ) acumulação* च (ca) e* तथा (tathā) também* निष्पत्तिः (niṣpattiḥ) consumação.
69- Em todas as práticas do yoga existem quatro estágios: arambhā (inicial), ghaṭā (vaso), paricaya (acumulação) e nispatti (consumação).

Ārambha Avasthā – Estágio Inicial
70-अथ आरम्भावस्था (atha ārambhāvasthā) Agora o estado de ārambha é descrito.
ब्रह्मग्रन्थेर्भवेद्भेदो ह्यानन्दः शून्यसम्भवः । विचित्रः क्वणको देहेऽनाहतः श्रूयते ध्वनिः ॥७०॥
(brahma-grantheḥ bhavet bhedaḥ hi ānandaḥ śūnya sambhavaḥ / vicitraḥ kvaṇakaḥ dehe anāhataḥ śrūyate dhvaniḥ) //70//
ब्रह्म-ग्रन्थेः (brahma-grantheḥ) [Quando o] nó de Brahma* भवेत् (bhavet) é* भेदः (bhedaḥ) perfurado* हि (hi) certamente [aparece]* आनन्दः (ānandaḥ) [o sentimento] de bem aventurança* सम्भवः (sambhavaḥ) surgido* शून्य (śūnya) do vazio*. विचित्रः (vicitraḥ) Diversos* ध्वनिः (dhvaniḥ) sons* क्वणकः (kvaṇakaḥ) tilintates* अनाहतः (anāhataḥ) [e o som contínuo] do centro do coração* श्रूयते (śrūyate) são ouvidos* देहे (dehe) no corpo.
70 - Quando Brahma granthi (o nó de Brahma) é perfurado, há o sentimento de bem-aventurança que surge de śūnya (o vazio). Diversos sons tilintantes e o som contínuo do anāhata cakra (centro do coração) são ouvidos dentro do corpo.

71- दिव्यदेहश्च तेजस्वी दिव्यगन्धस्त्वरोगवान् । सम्पूर्णहृदयः शून्य आरम्भे योगवान्भवेत् ॥७१॥
(divya dehaḥ ca tejasvī divya gandhaḥ tu arogavān / sampūrṇa hṛdayaḥ śūnya ārambhe yogavān bhavet) //71//
आरम्भे (ārambhe) No estágio inicial*, देहः (dehaḥ) o corpo* योगवान् (yogavān) do yogin* भवेत् (bhavet) torna-se* दिव्य (divya) divino*, तेजस्वी (tejasvī) radiante* च (ca) e* अरोगवान् (arogavān) saudável*, तु (tu) mas* गन्धः (gandhaḥ) com odor [agradável]*. हृदयः (hṛdayaḥ) Seu coração* सम्पूर्ण (sampūrṇa) está preenchido* दिव्य (divya) pelo divino*शून्य (śūnya) o vazio*
71 - No estágio ārambha, o corpo do yogin torna-se divino, radiante e saudável, com odor agradável. Ele experimenta a plenitude do vazio dentro coração.

71- दिव्यदेहश्च तेजस्वी दिव्यगन्धस्त्वरोगवान् । सम्पूर्णहृदयः शून्य आरम्भे योगवान्भवेत् ॥७१॥
(divya dehaḥ ca tejasvī divya gandhaḥ tu arogavān / sampūrṇa hṛdayaḥ śūnya ārambhe yogavān bhavet) //71//
आरम्भे (ārambhe) No estágio inicial [Quando o som começa a ser ouvido no śūnya (Ākāśa)]*, देहः (dehaḥ) o corpo* योगवान् (yogavān) do yogin* भवेत् (bhavet) torna-se* दिव्य (divya) divino*, तेजस्वी (tejasvī) radiante* च (ca) e* अरोगवान् (arogavān) saudável*, तु (tu) mas* गन्धः (gandhaḥ) com odor [agradável]*. हृदयः (hṛdayaḥ) Seu coração* सम्पूर्ण (sampūrṇa) está preenchido* दिव्य (divya) pelo divino* शून्य (śūnya) o vazio [ākāśa].
71 - No estágio ārambha [Quando o som começa a ser ouvido no śūnya (Ākāśa)], o corpo do yogin torna-se divino, radiante e saudável, com odor agradável. Ele experimenta a plenitude do vazio (ākāśa) dentro coração.
Brahmananda: Ākāśa do chakra anāhata (coração) é chamado de śūnya; a do viśuddha chakra (garganta) é conhecida como atiśūnya; e a do chakra ājñā (testa) é mahaśūnya.

Ghaṭa Avasthā – Estágio do vaso
अथ घटावस्था (atha ghaṭāvasthā) Agora o estágio de ghaṭa é descrito.
72- द्वितीयायां घटीकृत्य वायुर्भवति मध्यगः । दृढासनो भवेद्योगी ज्ञानी देवसमस्तदा ॥७२॥
(dvitīyāyāṃ ghaṭī-kṛtya vāyuḥ bhavati madhya-gaḥ / dṛḍha āsanaḥ bhavey yogī jñānī deva samaḥ tadā) //72//
द्वितीयायां (dvitīyāyāṃ) [ Quando ghaṭa avasthā é atingido] no segundo estágio*, वायुः (vāyuḥ) o prāṇa* घटी-कृत्य (ghaṭī-kṛtya) se une [com apāna, nāda e bindu]* भवति (bhavati) e flui* मध्य-गः (madhya-gaḥ) no caminho do meio (suṣumṇā)*. तदा (tadā) Então* योगी (yogī) o yogin* भवेत् (bhavet) torna-se* दृढ (dṛḍha) firme* आसनः (āsanaḥ) em sua postura*, ज्ञानी (jñānī) e sábio* समः (samaḥ) como* देव (deva) os devas.
72- Quando ghaṭa avasthā é atingido, no segundo estágio, o prāna flui no caminho do meio (suṣumṇā). Então o iogue se torna firme em sua postura, e sábio como os devas.
Brahmananda: Neste estágio, prāṇa e apāna, nāda e bindu, jīvātman e paramātma estão unidos. O chakra do meio é o chakra viśuddha, na garganta.

73- विष्णुग्रन्थेस्ततो भेदात्परमानन्दसूचकः । अतिशून्ये विमर्दश्च भेरीशब्दस्तदा भवेत् ॥७३॥
(viṣṇu-grantheḥ tataḥ bhedāt parama ananda sūcakaḥ /ati śūnye vimardaḥ ca bherī śabdaḥ tadā bhavet) //73//
विष्णु-ग्रन्थेः (viṣṇu-grantheḥ) [Quando] o nó de viṣṇu* भेदात् (bhedāt) é perfurado* सूचकः (sūcakaḥ) é um sinal* परम-अनन्द (parama-ananda) do paramānanda [a suprema bem-aventurança]*. ततः (tataḥ) então* शब्दः (śabdaḥ) um som [grave]* विमर्दः (vimardaḥ) das batidas* भेरी (bherī) do tímpano [tambor]* भवेत् (bhavet) é ouvido* अति-शून्ये (ati-śūnye) do grande vazio.
73- Quando o viṣṇu granthi é perfurado, sinaliza que paramānanda (a suprema bem-aventurança se aproxima ). Então o som de batidas do tímpano é ouvido do grande vazio.

Parichaya Avasthā – Estágio da percepção
74- अथ परिचयावस्था (atha paricayāvasthā) Agora o estágio Paricaya é descrito.
तृतीयायां तु विज्ञेयो विहायो मर्दलध्वनिः । महाशून्यं तदा याति सर्वसिद्धिसमाश्रयम् ॥७४॥
(tṛtīyāyāṃ tu vijñeyaḥ vihāyas mardala dhvaniḥ / mahā śūnyaṃ tadā yāti sarva siddhi samāśrayam) //74//
तृतीयायां (tṛtīyāyāṃ) No terceiro estágio* ध्वनिः (dhvaniḥ) um som* मर्दल (mardala) como o do mardala (tambor)* विज्ञेयः (vijñeyaḥ) é ouvido* विहायस् (vihāyas) no espaço entre as sobrancelhas*. तदा (tadā) Então* याति (yāti) [o prāṇa] chega* महाशून्यं (mahāśūnyaṃ) no grande vazio* समाश्रयम् (samāśrayam) que é a sede* सर्व (sarva) de todos* सिद्धि (siddhi) os siddhis.
74 - No terceiro estágio, um som como o de um tambor (mardala) é ouvido no ākāśa [entre as sobrancelhas]. Então [o prāṇa] chega ao mahāśūnya, que é a sede de todos os siddhis.

75- चित्तानन्दं तदा जित्वा सहजानन्दसम्भवः । दोषदुःखजराव्याधिक्षुधानिद्राविवर्जितः ॥७५॥
(cittānandaṃ tadā jitvā sahaja ānanda sambhavaḥ / doṣa duḥkha jarā vyādhi kṣudhā nidrā vivarjitaḥ) //75//
जित्वा (jitvā) Tendo conquistado* चित्तानन्दं (cittānandaṃ) cittānanda (o estado de bem-aventurança da mente)* सहज-आनन्द (sahaja-ānanda) sahajānanda ele experimenta o estado natural [de bem-aventurança]* सम्भवः (sambhavaḥ) que surge [do Ātman]. तदा (tadā) Então* विवर्जितः (vivarjitaḥ) se torna livre* दोष (doṣa) dos desiquilíbrios [dos humores]* दुःख (duḥkha) da dor* जरा (jarā) da velhice* व्याधि (vyādhi) das doenças* क्षुधा (kṣudhā) da fome* निद्रा (nidrā) e do sono.
75- Tendo conquistado cittānanda (o estado de bem-aventurança da mente), ele experimenta o sahajānanda (o estado espontâneo de bem-aventurança que surge [do Ātman]. Então ele se torna livre dos distúrbios dos humores, da dor, da velhice, da doenças, da fome e do sono.

Niṣpatti Avasthā – Estágio final
76- अथ निष्पत्ति अवस्था (atha niṣpatti avasthā) Agora niṣpatti é descrito.
रुद्रग्रन्थिं यदा भित्त्वा शर्वपीठगतोऽनिलः । निष्पत्तौ वैणवः शब्दः क्वणद्वीणाक्वणो भवेत् ॥७६॥
(rudra-granthiṃ yadā bhittvā śarva pīṭha gataḥ anilaḥ / niṣpattau vaiṇavaḥ śabdaḥ kvaṇat vīṇā kvaṇaḥ bhavet) //76//
यदा (yadā) Quando* रुद्र-ग्रन्थिं (rudra-granthiṃ) o nó de rudra [no ājñā chakra]*, भित्त्वा (bhittvā) é perfurado* अनिलः (anilaḥ) o prāṇa* गतः (gataḥ) alcança* पीठ (pīṭha) a sede* शर्व (śarva) de Śiva [que está no ākāśa entre as sobrancelhas]. निष्पत्तौ (niṣpattau) [Agora] em niṣpatti (estágio da dissolução)* भवेत् (bhavet) ouve-se* शब्दः (śabdaḥ) sons* क्वणत् (kvaṇat) tilintantes* वैणवः (vaiṇavaḥ) de flauta* क्वणः (kvaṇaḥ) ressoando* वीणा (vīṇā) como a vīṇā (um grande alaúde).
76- Quando o rudra granthi (nó de rudra) é perfurado, o prāṇa entra na sede de Śiva [que está no ākāśa entre as sobrancelhas]. Agora, no estágio de nispatti (estágio da dissolução), ouve-se sons tilintantes de flauta ressoando como a vīṇā (alaúde).

77- एकीभूतं तदा चित्तं राजयोगाभिधानकम् । सृष्टिसंहारकर्तासौ योगीश्वरसमो भवेत् ॥७७॥
(ekī bhūtaṃ tadā cittaṃ rāja-yoga abhidhānakam / sṛṣṭi saṃhāra kartā asau yogī īśvara samaḥ bhavet) //77//
तदा (tadā) Quando* चित्तं (cittaṃ) a mente* भूतं (bhūtaṃ) torna-se* एकी (ekī) uma [estado onde a dualidade sujeito - objeto não existe]* अभिधानकम् (abhidhānakam) chama-se* राज-योग (rāja-yoga) Rāja Yoga. असौ (asau) Este* योगी (yogī) yogin* कर्ता (kartā) como autor*
सृष्टि (sṛṣṭi) da criação* संहार (saṃhāra) e da dissolução* भवेत् (bhavet) torna-se* समः (samaḥ) comparável* ईश्वर (īśvara) a Īśvara*
77- A integração da mente é chamada de Rāja Yoga. O yogin, sendo o criador e destruidor do universo, torna-se comparável a Īśvara.


 78- अस्तु वा मास्तु वा मुक्तिरत्रैवाखण्डितं सुखम् । लयोद्भवमिदं सौख्यं राजयोगादवाप्यते ॥७८॥
(astu vā ma astu vā muktiḥ atra eva akhaṇḍitaṃ sukham / laya ubhavam idāṃ saukhyaṃ rājayogāt avāpyate) //78//
अस्तु (astu) Se há* वा (vā) ou* म (ma) não* अस्तु (astu) há* मुक्तिः (muktiḥ) libertação, अत्र (atra) aqui* एव (eva) certamente* उभवम् (ubhavam) aparece* सुखम् (sukham) a felicidade* अखण्डितं (akhaṇḍitaṃ) incessante. इदां (idaṃ) Esta* सौख्यं (saukhyaṃ) felicidade* लय (laya) vinda da absorção* अवाप्यते (avāpyate) é alcançada* राजयोगात् (rājayogāt) através do Rāja Yoga*
78- Se há mukti (libertação) ou não, aqui ele alcança a felicidade incessante. A felicidade decorrente do Laya é alcançada através (da prática do) Rāja Yoga.

Haṭha Yoga sem Rāja Yoga é ineficaz.
79- राजयोगमजानन्तः केवलं हठकर्मिणः । एतानभ्यासिनो मन्ये प्रयासफलवर्जितान् ॥७९॥
(rāja-yogam ajānantaḥ kevalaṃ haṭha karmiṇaḥ / etān abhyāsinaḥ manye prayāsa phala varjitān) //79//
अभ्यासिनः (abhyāsinaḥ) Existem alguns praticantes* हठ (haṭha) do Haṭha Yoga* अजानन्तः (ajānantaḥ) sem o conhecimento* राज-योगम् (rāja-yogam) do Rāja Yoga. एतान् (etād) Estes* मन्ये (manye) eu os considero* केवलं (kevalaṃ) simplesmente* कर्मिणः (karmiṇaḥ) praticantes* वर्जितान् (varjitān) que não produzem* फल (phala) frutos* प्रयास (prayāsa) com seus esforços.
79- Existem alguns Haṭha Yogins sem o conhecimento do Rāja Yoga. Eu os considero simplesmente praticantes que não produzem frutos com seus esforços.

80- उन्मन्यवाप्तये शीघ्रं भ्रूध्यानं मम संमतम् । राजयोगपदं प्राप्तुं सुखोपायोऽल्पचेतसाम् ।
सद्यः प्रत्ययसन्धायी जायते नादजो लयः ॥८०॥
(unmanī avāptaye śīghraṃ bhru dhyānaṃ mama saṃmatam / rāja-yoga padaṃ prāptuṃ sukha upāyaḥ alpa cetasām / sadyaḥ pratyaya sandhāyī jāyate nāda-jaḥ layaḥ) //80//
मम (mama) A meu ver* ध्यानं (dhyānaṃ) a contemplação* भ्रु (bhru) [no espaço entre as] sobrancelhas* संमतम् (saṃmatam) é a mais aceita* प्राप्तुं (prāptuṃ) para atingir* शीघ्रं (śīghraṃ) rapidamente* उन्मनी (unmanī) [o estado de] Unmani Avastha. चेतसाम् (cetasām) [Mesmo para as pessoas com] intelecto* अल्प (alpa) limitado* उपायः (upāyaḥ) é um meio* सुख (sukha) fácil* अवाप्तये (avāptaye) que leva à obtenção* पदं (padaṃ) do estado [mais elevado]* राज-योग (rāja-yoga) do Raja Yoga. लयः (layaḥ) A dissolução* जायते (jāyate) decorrente* नाद-जः (nāda-jaḥ) da concentração no som interno* सन्धायी (sandhāyī) confere* प्रत्यय (pratyaya) experiência* सद्यः (sadyaḥ) imediata*
80- Na minha opinião, a contemplação no espaço entre as sobrancelhas é melhor para atingir rapidamente o estado de unmanī. Mesmo para pessoas com intelecto limitado, é um método fácil para atingir rājayoga pada (o estado mais elevado do Raja Yoga). A Laya alcançada através da (prática de) nāda dá experiência imediata.

Nādānusandhāna conduz ao Samādhi
81- नादानुसन्धानसमाधिभाजां योगीश्वराणां हृदि वर्धमानम् । आनन्दमेकं वचसामगम्यं जानाति तं श्रीगुरुनाथ एकः ॥८१॥
(nāda anusandhāna samādhi bhājāṃ yogī īśvarāṇāṃ hṛdi vardhamānam / ānandam ekaṃ vacasām agamyaṃ jānāti taṃ śrī gurunātha ekaḥ) //81//
वर्धमानम् (vardhamānam) Há uma plenitude* आनन्दम् (ānandam) de felicidade*हृदि (hṛdi) nos corações* ईश्वराणां (īśvarāṇāṃ) dos mestres* योगी (yogī) dos yogins* भाजां (bhājāṃ) que alcançaram sucesso em* समाधि (samādhi) Samādhi* नाद-अनुसन्धान (nāda-anusandhāna) [por meio da] concentração no nāda (som interno)* तं (taṃ) que está* अगम्यं (agamyaṃ) além* वचसाम् (vacasām) [de todas] descrições* जानाति (jānāti) e é conhecido* एकः (ekaḥ) apenas* एकं (ekaṃ) pelo único* श्री-गुरुनाथ (śrī gurunātha) Śiva.
81- Há uma plenitude de felicidade nos corações dos Yogīśvaras (senhores dos yogīs) que alcançaram sucesso em samādhi por meio de nādānusandhāna (a concentração no som místico interno) que está além de todas as descrições, e é conhecida, apenas, por Śrī Gurunātha (o Senhor dos gurus ié. Śiva).

82- कर्णौ पिधाय हस्ताभ्यां यः शृणोति ध्वनिं मुनिः । तत्र चित्तं स्थिरीकुर्याद्यावत्स्थिरपदं व्रजेत् ॥८२॥
(karṇau pidhāya hastābhyāṃ yaṃ śṛṇoti dhvaniṃ muniḥ / tatra cittaṃ sthirī-kuryād yāvat sthira padaṃ vrajet) //82//
पिधाय (pidhāya) Tendo fechado os* कर्णौ (karṇau) os ouvidos* हस्ताभ्यां (hastābhyāṃ) [com os polegares] das mãos*, मुनिः (muniḥ) O sábio* शृणोति (śṛṇoti) deve focar* चित्तं (cittaṃ) sua mente* ध्वनिं (dhvaniṃ) no som interno* यं (yaṃ) até que* व्रजेत् (vrajet) ele alcançe* पदं (padaṃ) estado* स्थिर (sthira) de estabilidade da mente*, स्थिरी-कुर्याद् (sthirī-kuryād) a sthirapada.
82 - Tendo fechado os ouvidos com [os polegares] das mãos, o muni (sábio) deve ouvir os sons (interiores) e estabilizar sua mente até que se atinja o sthirapada (o estado de total estabilidade da mente).

83- अभ्यस्यमानो नादोऽयं बाह्यमावृणुते ध्वनिम् । पक्षाद्विक्षेपमखिलं जित्वा योगी सुखी भवेत् ॥८३॥
(abhyāsya mānaḥ nādaḥ ayaṃ bāhyam āvṛṇute dhvanim / pakṣāt vikṣepam akhilaṃ jitvā yogī sukhī bhavet) //83//
अभ्यास्यमानः (abhyāsyamānaḥ) Pela prática constante* अयं (ayaṃ) deste* नादः (nādaḥ) nāda*, ध्वनिम् (dhvanim) os sons* बाह्यम् (bāhyam) externos* आवृणुते (āvṛṇute) são abafados. जित्वा (jitvā) Superado* अखिलं (akhilaṃ) toda* विक्षेपम् (vikṣepam) instabilidade [mental]* पक्षात् (pakṣāt) em quinze dias* योगी (yogī) o yogin* भवेत् (bhavet) torna-se* सुखी (sukhī) feliz.
83- Pela prática constante deste nāda, todos os sons externos são cancelados. Conquistado todas as distrações mentais em quinze dias, o yogin fica feliz.

84- श्रूयते प्रथमाभ्यासे नादो नानाविधो महान् । ततोऽभ्यासे वर्धमाने श्रूयते सूक्ष्मसूक्ष्मकः ॥८४॥
(śrūyate prathama abhyāse nādaḥ nānā vidhaḥ mahān / tataḥ abhyāse vardhamāne śrūyate sūkṣma-sūkṣmakaḥ) //84//
प्रथम (prathama) Durante o início* अभ्यासे (abhyāse) da prática* श्रूयते (śrūyate) são ouvidos* नाना (nānā) vários* नादः (nādaḥ) nādas* महान् (mahān) fortes [graves]. ततः (tataḥ) Mas* अभ्यासे (abhyāse) [quando] a prática* वर्धमाने (vardhamāne) se desenvolve* श्रूयते (śrūyate) são ouvidos sons* विधः (vidhaḥ) mais e mais* सूक्ष्म-सूक्ष्मकः (sūkṣma-sūkṣmakaḥ) sutis [agudos].
84- Durante os estágios iniciais da prática, vários nādas (sons internos fortes (graves) são ouvidos. Mas, quando o progresso é feito, mais e mais sons sutis (agudos) são ouvidos.


85- आदौ जलधिजीमूतभेरीझर्झरसम्भवाः । मध्ये मर्दलशङ्खोत्था घण्टाकाहलजास्तथा ॥८५॥
(ādau jaladhi jīmūta bherī jharjhara sambhavāḥ / madhye mardala śaṅkha utthāḥ ghaṇṭā kāhala-jāḥ tathā) //85//
आदौ (ādau) No começo* सम्भवाः (sambhavāḥ) os sons são semelhantes* जलधि (jaladhi) ao oceano* जीमूत (jīmūta) ao trovão* भेरी (bherī) ao tímpano* झर्झर (jharjhara) ao jharjhara (tipo de tambor).
मध्ये (madhye) No meio* उत्थाः (utthāḥ) surgem os sons* मर्दल (mardala) de mardala (tipo de tambor)* शङ्ख (śaṅkha) do śaṅkha (concha)* घण्टा do (ghaṇṭā) sino* काहल-जाः (kāhala-jāḥ) e do kāhala (tipo de tambor).
85 - No começo, os sons são semelhantes aos do oceano, depois do trovão, do tímpano e do jharjhara (uma espécie de tambor). No meio, os sons se assemelham aos do mardala (uma espécie de tambor), da concha, do sino e do kāhala (tambor).

86- अन्ते तु किङ्किणीवंशवीणाभ्रमरनिःस्वनाः । इति नानाविधा नादाः श्रूयन्ते देहमध्यगाः ॥८६॥
(ante tu kiṅkiṇī vaṃśa vīṇā bhramara niḥsvanāḥ / iti nānā vidhāḥ nādāḥ śrūyante deha madhyagāḥ) //86//
अन्ते (ante) No final* तु (tu) também* निःस्वनाः (niḥsvanāḥ) [se assemelham] aos sons* किङ्किणी (kiṅkiṇī) de pequeno sino* वंश (vaṃśa) da flauta* वीणा (vīṇā) da vīṇā (alaúde indiano)* भ्रमर (bhramara) e do zumbido das abelhas. इति (iti) assim* नाना (nānā) vários* विधाः (vidhāḥ) tipos* नादाः (nādāḥ) de nādas* यन्ते (śrūyante) são ouvidos* मध्यगाः (madhyagāḥ) do meio* श्रूदेह (deha) do corpo.
86- No final, eles se assemelham aos sons do sino, da flauta, da vīṇā (o alaúde indiano) e do zumbido de abelhas selvagens. Assim, vários tipos de nādas são ouvidos do meio do corpo.

87- महति श्रूयमाणेऽपि मेघ भेर्यादिके ध्वनौ । तत्र सूक्ष्मात्सूक्ष्मतरं नादमेव परामृशेत् ॥८७॥
(mahati śrūyamāṇe api megha bherī ādike dhvanau / tatra sūkṣmāt sūkṣma-taraṃ nādam eva parāmṛśet) //87//
अपि (api) Mesmo que* तत्र (tatra) todos esses* महति (mahati) grandes* ध्वनौ (dhvanau) sons* मेघ (megha) de trovões* भेरी (bherī) e tímpanos* आदिके (ādike) sejam inicialmente* श्रूयमाणे (śrūyamāṇe) ouvidos*, परामृशेत् (parāmṛśet) [o yogin deve] prestar atenção* एव (eva) somente* सूक्ष्म-तरं (sūkṣma-taraṃ) no mais sutil* सूक्ष्मात् (sūkṣmāt) dos sutis* नादम् (nādam) Nādas.
87- Mesmo que os grandes sons de trovões e tímpanos sejam ouvidos, o praticante deve focar sua mente no mais sutil dos sutis Nādas (dentro do corpo).

88- घनमुत्सृज्य वा सूक्ष्मे सूक्ष्ममुत्सृज्य वा घने । रममाणमपि क्षिप्तं मनो नान्यत्र चालयेत् ॥८८॥
(ghanam utsṛjya vā sūkṣme sūkṣmam utsṛjya vā ghane / ramamāṇam api kṣiptaṃ manas na anyatra cālayet) //88//
अपि (api) Embora* क्षिप्तं (kṣiptaṃ) mudando sua atenção* घनम् (ghanam) de sons fortes* उत्सृज्य (utsṛjya) para sutis* वा (vā) ou* उत्सृज्य (utsṛjya) de sutis* घने (ghane) para fortes*, वा (vā) ou* रममाणम् (ramamāṇam) fixando* सूक्ष्मे (sūkṣme) [sua mente em sons] sutis* सूक्ष्मम् (sūkṣmam) agradáveis* न (na) não [deve permitir]* मनस् (manas) sua mente* चालयेत् (cālayet) vagar* अन्यत्र (anyatra) em outro lugar*
88- Embora o praticante possa estar mudando sua atenção de sons fortes para sutis ou de sutis para fortes, ou fixando sua mente em sons sutis agradáveis, ele não deve permitir que sua mente se desvie.

89- यत्र कुत्रापि वा नादे लगति प्रथमं मनः । तत्रैव सुस्थिरीभूय तेन सार्धं विलीयते ॥८९॥
(yatra kutra api vā nāde lagati prathamaṃ manaḥ / tatra eva su-sthirī-bhūya tena sārdhaṃ vilīyate) //89//
कुत्र-अपि (kutra-api) Sempre que* मनः (manaḥ) a mente* लगति (lagati) se liga* प्रथमं (prathamaṃ) inicialmente* यत्र (yatra) em qualquer* नादे (nāde) nāda*, सु-स्थिरी-भूय (su-sthirī-bhūya) [fica] perfeitamente estável* विलीयते (vilīyate) [e se] dissolve* सार्धं (sārdhaṃ) com* तत्र (tatra) ele * एव (eva) mesmo*.
89- Em qualquer som interior que primeiro a mente se concentra, na medida em que alcança a estabilidade, junto com ela o som se dissolve.

90- मकरन्दं पिबन्भृङ्गी गन्धं नापेक्षते यथा । नादासक्तं तथा चित्तं विषयान्नहि काङ्क्षते ॥९०॥
(makarandaṃ piban bhṛṅgo gandhaṃ na apekṣate yathā / nāda āsaktaṃ tathā cittaṃ viṣayān na hi kāṅkṣate) //90//
यथा (yathā) Como* भृङ्गो (bhṛṅgo) uma abelha* पिबन् (piban) bebendo* मकरन्दं (makarandaṃ) o néctar* न (na) não* अपेक्षते (apekṣate) se importa* गन्धं (gandhaṃ) com o perfume das flores*,
तथा (tathā) assim* चित्तं (cittaṃ) a mente* आसक्तं (āsaktaṃ) absorvida* नाद (nāda) no nāda* हि (hi) com certeza* न (na) não* काङ्क्षते (kāṅkṣate) anseia* विषयान् (viṣayān) pelos objetos dos sentidos.
90 - Como uma abelha bebendo o néctar não se importa com o perfume das flores; assim, a mente absorvida no nāda não anseia pelos objetos dos sentidos.

91- मनोमत्तगजेन्द्रस्य विषयोद्यानचारिणः । समर्थोऽयं नियमने निनादनिशिताङ्कुशः ॥९१॥
(manas matta gaja indrasya viṣaya udyāna cāriṇaḥ / samarthaḥ ayaṃ niyamane nināda niśita aṅkuśaḥ) //91//
अङ्कुशः (aṅkuśaḥ) O ferrão* निशित (niśita) afiado* निनाद (nināda) do som interno (nāda)* समर्थः (samarthaḥ) é eficaz*नियमने (niyamane) no controle* मनस् (manas) da mente*, अयं (ayaṃ) como um* गज-इन्द्रस्य (gaja-indrasya) rei dos elefantes* मत्त (matta) furioso* चारिणः (cāriṇaḥ) vagando* उद्यान (udyāna) no jardim* विषय (viṣaya) objetos dos sentidos.
91- O ferrão afiado do nāda é eficaz no controle da mente, é como um furioso elefante vagando no jardim dos objetos dos sentidos.

92- बद्धं तु नादबन्धेन मनः सन्त्यक्तचापलम् । प्रयाति सुतरां स्थैर्यं छिन्नपक्षः खगो यथा ॥९२॥
(baddhaṃ tu nāda bandhena manas santyakta cāpalam / prayāti sutarāṃ sthairyaṃ chinna pakṣaḥ kha-gaḥ yathā) //92//
मनस् (manas) [Quando] a mente* बद्धं (baddhaṃ) [está] ligada* बन्धेन (bandhena) pelos laços* नाद (nāda) do nāda* सन्त्यक्त (santyakta) perdendo* चापलम् (cāpalam) sua instabilidade*, प्रयाति (prayāti) chega* स्थैर्यं (sthairyaṃ) à imobilidade* सुतरां (sutarāṃ) plena*, यथा (yathā) como* ख-गः (kha-gaḥ) um pássaro* पक्षः (pakṣaḥ) [cujas] asas* छिन्न (chinna) [foram] cortadas.
92- Quando a mente está presa pelos laços do nāda, perdendo sua instabilidade, ela chega à plena imobilidade, como um pássaro cujas asas foram cortadas.


93- सर्वचिन्तां परित्यज्य सावधानेन चेतसा । नाद एवानुसन्धेयो योगसाम्राज्यमिच्छता ॥९३॥
(sarva cintāṃ parityajya sa-avadhānena cetasā / nādaḥ eva anusandheyaḥ yoga sāmrājyam icchatā) //93//
परित्यज्य (parityajya) Suspendendo* सर्व (sarva) toda* चिन्तां (cintāṃ) atividade mental*, इच्छता (icchatā) [aquele que] deseja* साम्राज्यम् (sāmrājyam) [conquisatar] o domínio* योग (yoga) no yoga*, अनुसन्धेयः (anusandheyaḥ) [deveria] meditar* एव (eva) apenas* नादः (nādaḥ) no nāda* चेतसा (cetasā) com a mente* स-अवधानेन (sa-avadhānena) concentrada.
93. Suspendendo toda atividade mental, o yogin, que deseja conquistar o domínio do yoga, deveria então meditar no nāda com a mente concentrada.

94- नादोऽन्तरङ्गसारङ्गबन्धने वागुरायते । अन्तरङ्गकुरङ्गस्य वधे व्याधायतेऽपि च ॥९४॥
(nādaḥ atar-aṅga sāraṅga bandhane vāgurāyate / antar-aṅga kuraṅgasya vadhe vyādhāyate api ca) //94//
नादः (nādaḥ) Nāda* वागुरायते (vāgurāyate) [é como] uma rede* बन्धने (bandhane) que enlaça* सारङ्ग (sāraṅga) o antílope* अतर्-अङ्ग (atar-aṅga) interno a (mente). च (ca) E*, अपि (api) também* व्याधायते (vyādhāyate) é um caçador* वधे (vadhe) que mata* कुरङ्गस्य (kuraṅgasya) o cervo* अन्तर्-अङ्ग (antar-aṅga) interno (a mente).
94- Nada é como a rede que enlaça o antílope interno [ou seja a mente]. Também, é o caçador que mata o cervo interno [a mente].
Brahmananda: Como o caçador, primeiro o nada atrai a mente, prende-a e mata-a. Isso põe fim à instabilidade natural da mente e absorve-a em si mesma.

95- अन्तरङ्गस्य यमिनो वाजिनः परिघायते । नादोपास्तिरतो नित्यमवधार्या हि योगिना ॥९५॥
(antar-aṅgasya yaminaḥ vājinaḥ parighāyate / nāda upāstiḥ ataḥ nityam avadhāryā hi yoginā) //95//
परिघायते (parighāyate) [O nāda é como] um ferrolho* वाजिनः (vājinaḥ) [que tranca] o cavalo* अन्तर्-अङ्गस्य (antar-aṅgasya) interno (mente)* यमिनः (yaminaḥ) [de um yogin] auto-controlado. अतः (ataḥ) Portanto* योगिना (yoginā) o yogin* हि (hi) certamente* अवधार्या (avadhāryā) [deve] se dedicar* नित्यम् (nityam) diariamente* उपास्तिः (upāstiḥ) [à pratica] da contemplação* नाद (nāda) sobre o nāda.
95. O [nāda] é como o ferrolho, que tranca o cavalo interno [a mente] de um [yogin] auto-controlado. Um yogin deve, portanto, praticar diariamente a meditação sobre o nāda.

96- बद्धं विमुक्तचाञ्चल्यं नादगन्धकजारणात् । मनःपारदमाप्नोति निरालम्बाख्यखेऽटनम् ॥९६॥
(baddhaṃ vimukta cāñcalyaṃ nāda gandhaka jāraṇāt / manas pāradam apnoti nir-ālamba akhya khe aṭanam) //96//
मनस् (manas) A mente* पारदम् (pāradam) [é como] mercúrio* नाद (nāda) [sob ação] do nāda* गन्धक (gandhaka) [que é como] o enxofre* जारणात् (jāraṇāt) [que transforma]* बद्धं (baddhaṃ) é ligada (solidificada]* चाञ्चल्यं (cāñcalyaṃ) [ié. sua] instabilidade* विमुक्त (vimukta) é removida* प्नोति (āpnoti) [e, é] capaz* अटनम् (aṭanam) de mover-se* अख्य (ākhya) no chamado* खे (khe) espaço vazio* निर्-आलम्ब (nir-ālamba) sem suporte.
96 - A mente é como mercúrio, que, pela ação do nāda, que é como o enxofre, é ligada [solidificada] e liberta de sua instabilidade, e é capaz de mover-se no espaço vazio (khe) sem suporte.

97- नादश्रवणतः क्षिप्रमन्तरङ्गभुजङ्गमम् । विस्मृतय सर्वमेकाग्रः कुत्रचिन्नहि धावति ॥९७॥
(nāda śravaṇataḥ kṣipram antar aṅga bhujaṅgamaḥ / vismṛtaya sarvam ekā-graḥ kutra cid na hi dhāvati) //97//
श्रवणतः (śravaṇataḥ) Ao ouvir* नाद (nāda) (música do) nāda* क्षिप्रम् (kṣipram) [a mente] logo* भुजङ्गमः (bhujaṅgamaḥ) [é encantada como uma] serpente* अन्तर्-अङ्ग (antar-aṅga) interior*. विस्मृतय (vismṛtaya) Desliga-se* सर्वम् (sarvam) de tudo* एका-ग्रः (eka-agraḥ) permanecendo concentrada* न (na) e não* धावति (dhāvati) parte* हि (hi) certamente* कुत्र-चिद् (kutra-cid) para lugar nenhum.
97- Ao ouvir a (música do) nāda, a mente é logo encantada como uma serpente 'interior'. Desliga-se de todo o resto, permanecendo concentrada não parte para lugar nenhum.

98- काष्ठे प्रवर्तितो वह्निः काष्ठेन सह शाम्यति । नादे प्रवर्तितं चित्तं नादेन सह लीयते ॥९८॥
(kāṣṭhe pravartitaḥ vahniḥ kāṣṭhena saha śāmyati / nāde pravartitaṃ cittaṃ nādena saha līyate) //98//
वह्निः (vahniḥ) O fogo* काष्ठेन (kāṣṭhena) que queima* काष्ठे (kāṣṭhe) um pedaço de madeira* शाम्यति (śāmyati) acaba* सह (saha) junto com [a madeira]* प्रवर्तितः (pravartitaḥ) [quando é totalmente] queimada*. चित्तं (cittaṃ) Assim, a mente* प्रवर्तितं (pravartitaṃ) concentrada* नादेन (nādena) no nāda* लीयते (līyate) é dissolvida* सह (saha) junto com* नादे (nāde) o nāda.
98- O fogo aceso na lenha se extingue junto com a ela, quando é totalmente queimada. Assim, a mente concentrada no nāda é dissolvida junto com ele.

99- घण्टादिनादसक्तस्तब्धान्तःकरणहरिणस्य । प्रहरणमपि सुकरं स्याच्छरसन्धानप्रवीणश्चेत् ॥९९॥
(ghaṇṭā ādi nāda sakta stabdha antaḥ-karaṇa hariṇasya / praharaṇam api su-karaṃ syāt śara sandhāna pravīṇaḥ ced) //99//
अन्तः-करण (antaḥ-karaṇa) A mente* स्यात् (syāt) é* हरिणस्य (hariṇasya) como um cervo*, सक्त (sakta) atraída* घण्टा (ghaṇṭā) [pelo som de] um pequeno sino* नाद (nāda) [fica absorvida] no nāda* स्तब्ध (stabdha) [e, se torna] estável* प्रहरणम् (praharaṇam) [e pode ser] abatida* सु-करं (su-karaṃ) com facilidade*. प्रवीणः (pravīṇaḥ) [Um arqueiro] habilidoso* शर (śara) com uma flecha* सन्धान (sandhāna) [pode] matá-la.
99- A mente é como um cervo, quando atraída pelos sons dos sinos, fica absorvida no nāda, e se torna estável, portanto pode ser morta com facilidade [isto é, totalmente silenciada] por um arqueiro habilidoso com uma flecha.
Brahmananda: A mente absorvida no nāda, esquece todas as suas modificações. Então o yogin, como um arqueiro, poderia matá-la dirigindo o prāṇa para o Brahmarandhra através da suṣumṇā, como dito no Mundaka Upaniṣad. Pranava é o arco, Ātman a flecha e Brahman o alvo. Se alguém atirar com cuidado no alvo, ele se torna um com ele.

100- अनाहतस्य शब्दस्य ध्वनिर्य उपलभ्यते । ध्वनेरन्तर्गतं ज्ञेयं ज्ञेयस्यान्तर्गतं मनः ।
मनस्तत्र लयं याति तद्विष्णोः परमं पदम् ॥१००॥
(anāhatasya śabdasya dhvaniḥ yaḥ upalabhyate / dhvaneḥ antar-gataṃ jñeyaṃ jñeyasya antar-gataṃ manas / manas tatra layaṃ yāti tad viṣṇoḥ paramaṃ padam) //100//
शब्दस्य (śabdasya) O som* अनाहतस्य (anāhatasya) do anāhata [anāhata śabda]* याति (yāti) torna-se* ध्वनेः (dhvaneḥ) audível [para o praticante]*. ध्वनिः (dhvaniḥ) [A essência desse] som* अन्तर्-गतं (antar-gataṃ) interno* तद् (tad) é o* ज्ञेयस्य (jñeyasya) objeto supremo do conhecimento [a Consciência pura]*. यः (yaḥ) Para ele* मनस् (manas) a mente* उपलभ्यते (upalabhyate) torna-se [uma]* ज्ञेयं (jñeyaṃ) [com esse objeto de] conhecimento*. तत्र (tatra) Esse* पदम् (padam) é o estado* परमं (paramaṃ) supremo* विष्णोः (viṣṇoḥ) de Vishnu*, मनस् (manas) [onde a] a mente* लयं (layaṃ) é dissolvida.
100 - Há o som sem batida (anāhata śabda) que torna-se audível [para o praticante]. A essência desse som é o objetivo supremo do conhecimento (Consciência pura). A mente se torna uma com o objeto do conhecimento. Esse é o estado supremo de Vishnu [o Ser todo-penetrante], onde a mente se dissolve.
O estado final é sem som
101- तावदाकाशसङ्कल्पो यावच्छब्दः प्रवर्तते । निःशब्दं तत्परं ब्रह्म परमात्मेति गीयते ॥१०१॥
(tāvat ākāśa saṅkalpaḥ yāvat śabdaḥ pravartate / niḥ-śabdaṃ tad paraṃ brahma parama-ātmā iti gīyate) //101//
यावत् (yāvat) Enquanto* शब्दः (śabdaḥ) som* प्रवर्तते (pravartate) é ouvido* आकाश (ākāśa) ākāśa* सङ्कल्पः (saṅkalpaḥ) existe*.
तद् (tad) A* निः-शब्दं (niḥ-śabdaṃ) ausência de som (silêncio)* परं-ब्रह्म (paraṃ-brahma) [que é] Parambrahma (a Realidade Suprema)* इति (iti) também* गीयते (gīyate) é chamada* परम-आत्मा (parama-ātmā) Paramatman (o Eu Supremo ou Universal).
101 - Enquanto o som é ouvido, a concepção de ākāśa (o éter ou espaço) existe. ParamBrahma (a Realidade Suprema), que também é chamado Paramātmā é o silêncio.

Todas as Formas de Nāda são Śakti, O Eterno não tem forma.
102- यत्किञ्चिन्नादरूपेण श्रूयते शक्तिरेव सा । यस्तत्त्वान्तो निराकारः स एव परमेश्वरः ॥१०२॥
(yad kiñcid nāda rūpeṇa śrūyate śaktiḥ eva sā / yaḥ tattva antaḥ nir-ākāraḥ sa eva parama īśvaraḥ) //102//
यद् (yad) O que* किञ्चिद् (kiñcid) quer que* श्रूयते (śrūyate) [seja] ouvido* रूपेण (rūpeṇa) na forma* नाद (nāda) de nāda*, एव (eva) verdadeiramente* शक्तिः (śaktiḥ) é śakti*. यः (yaḥ) Aquilo* सा (sā) que é* अन्तः (antaḥ) [ o estado] final* तत्त्व (tattva) dos tatvvas*, निर्-आकारः (nir-ākāraḥ) o nirākāra (sem forma)* एव (eva) de fato é* स (sa) o* रम-ईश्वरः (parama īśvaraḥ) Parameśvara [Supremo Īśvara].
102 - O que quer que seja ouvido na forma de nāda, é de fato śakti. Aquilo que é o estado final dos tattvas (os princípios), o nirākāra (sem forma) é, de fato, Parameśvara (Supremo Īśvara).
Brahmananda: Das estrofes 98 até aqui, é descrito o asamprajnata samadhi. Os tattvas são as 25 categorias da manifestação de acordo com Sankhya.
इति नादानुसन्धानम् (iti nādānusandhānam) Assim, termina nādānusandhāna [investigação sobre o nāda].

103- सर्वे हठलयोपाया राजयोगस्य सिद्धये । राजयोगसमारूढः पुरुषः कालवञ्चकः ॥१०३॥
(sarve haṭha laya upāyāḥ rāja-yogasya siddhaye / rāja-yoga samārūḍhaḥ puruṣaḥ kāla vañcakaḥ) //103//
सर्वे (sarve) Todos os* उपायाः (upāyāḥ) métodos* हठ (haṭha) do Haṭhayoga* लय (laya) e do Layayoga* समारूढः (samārūḍhaḥ) são apenas meios para atingir* राज-योगस्य (rāja-yogasya) o Raja Yoga*. पुरुषः (puruṣaḥ) Aquele* सिद्धये (siddhaye) que se aprofundou* राज-योग (rāja-yoga) no Raja Yoga* वञ्चकः (vañcakaḥ) e ilude* काल (kāla) o tempo (vence a morte)*
103- Todos os métodos das práticas do Haṭhayoga e do Layayoga são apoios para o cumprimento do Raja Yoga. Aquele que se aprofundou no Raja Yoga ilude kāla (ié. vence a morte).

Uma mente desapegada atinge Unmanī
104- तत्त्वं बीजं हठः क्षेत्रमौदासीन्यं जलं त्रिभिः । उन्मनी कल्पलतिका सद्य एव प्रवर्तते ॥१०४॥
(tattvaṃ bījaṃ haṭhaḥ kṣetram audāsīnyaṃ jalaṃ tribhiḥ / unmanī kalpa-latikā sadyaḥ eva pravartate) //104//
तत्त्वं (tattvaṃ) Tattva (os 25 princípios da realidade)* बीजं (bījaṃ) é a semente*, हठः (haṭhaḥ) Haṭha Yoga* क्षेत्रम् (kṣetram) é o campo* औदासीन्यं (audāsīnyaṃ) desapego* जलं (jalaṃ) é a água*. त्रिभिः (tribhiḥ) Por esses três* कल्प-लतिका (kalpa-latikā) trepadeira celestial (produz o desejado)* उन्मनी (unmanī) o estado de samādhi (unmanī)* एव (eva) certamente* प्रवर्तते (pravartate) floresce* सद्यः (sadyaḥ) imediatamente.
104-Tattva (objetos de meditação) é a semente, Haṭha Yoga é o campo, e udāsīna (total desapego) é a água. Por estes três, a kalpa latikā (trepadeira celestial que produz o que é desejado) - estado de unmanī (samādhi), certamente floresce imediatamente.

105- सदा नादानुसन्धानात्क्षीयन्ते पापसञ्चयाः । निरञ्जने विलीयेते निश्चितं चित्तमारुतौ ॥१०५॥
(sadā nāda-anusandhānāt kṣīyante pāpa sañcayāḥ / nirañjane vilīyete niścitaṃ citta mārutau) //105//
नाद-अनुसन्धानात् (nāda-anusandhānāt) Meditando sobre o nāda* सदा (sadā) constantemente* पाप (pāpa) os pecados* सञ्चयाः (sañcayāḥ) acumulados* क्षीयन्ते (kṣīyante) são eliminados*. चित्त (citta) A mente* मारुतौ (mārutau) e o prāṇa* निश्चितं (niścitaṃ) certamente* विलीयेते (vilīyete) são dissolvidos* निरञ्जने (nirañjane) na imaculada [consciência pura].
105- Meditando constantemente sobre o nāda, todos os pecados acumulados (papas) são eliminados. A mente e o Prana são dissolvidos definitivamente na imaculada [consciência pura].

106- शङ्खदुन्धुभिनादं च न शृणोति कदाचन । काष्ठवज्जायते देह उन्मन्यावस्थया ध्रुवम् ॥१०६॥
(śaṅkha dundhubhi nādaṃ ca na śṛṇoti kadā-cana / kāṣṭhavat jāyate dehaḥ unmanī vasthayā dhruvam) //106//
देहः (dehaḥ) O corpo* ध्रुवम् (dhruvam) certamente* जायते (jāyate) se torna* काष्ठवत् (kāṣṭhavat) [como um tronco] de madeira* कदा-चन (kadācana) quando em* उन्मनी-वस्थया (unmanī-vasthayā) estado de samādhi*. च (ca) E [O yogin] * न (na) não * शृणोति (śṛṇoti) ouve* नादं (nādaṃ) o som (nāda)* शङ्ख (śaṅkha) da concha* दुन्धुभि (dundhubhi) e do tambor.
106 - O corpo certamente se torna como um tronco de madeira durante o unmanī avasthā (o estado além da mente). O yogin não ouve os sons altos do śaṅkha (concha) nem do dundubhi (grande tambor).

107- सर्वावस्थाविनिर्मुक्तः सर्वचिन्ताविवर्जितः । मृतवत्तिष्ठते योगी स मुक्तो नात्र संशयः ॥१०७॥
(sarva avasthā vinirmuktaḥ sarva cintā vivarjitaḥ / mṛta-vat tiṣṭhate yogī saḥ muktaḥ na atra saṃśayaḥ) //107//
सः (saḥ) Este* योगी (yogī) yogin* विनिर्मुक्तः (vinirmuktaḥ) que ultrapassou* सर्व (sarva) todos* अवस्था (avasthā) os estados* विवर्जितः (vivarjitaḥ) [e está] livre* सर्व (sarva) de todos* चिन्ता (cintā) os pensamentos* तिष्ठते (tiṣṭhate) [permanece como alguém que] está* मृत-वत् (mṛta-vat) morto. न (na) Não* संशयः (saṃśayaḥ) [há] dúvida* मुक्तः (muktaḥ) [que é] liberado.
107 - O yogin que ultrapassou todos os estados, e está livre de todos os pensamentos permanece como alguém (que está) morto. Não há dúvida de que ele está liberado.

108- खाद्यते न च कालेन बाध्यते न च कर्मणा । साध्यते न स केनापि योगी युक्तः समाधिना ॥१०८॥
(khādyate na ca kālena bādhyate na ca karmaṇā / sādhyate na saḥ kena api yogī yuktaḥ samādhinā) //108//
योगी (yogī) um yogin* युक्तः (yuktaḥ) absorvido em* समाधिना (samādhinā) samādhi* न (na) não* खाद्यते (khādyate) é devorado* कालेन (kālena) pela morte. सः (saḥ) esse [yogin]* न (na) não* बाध्यते (bādhyate) é limitado* कर्मणा (karmaṇā) pelo karma* न (na) nem* साध्यते (sādhyate) controlado* केन-अपि (kena-api) por ninguém.
108 - O yogin absorto em samādhi não depende da morte (kāla / tempo). Ele não é limitado por nenhum karma, nem pode ser controlado por qualquer meio.

109- न गन्धं न रसं रूपं न च स्पर्शं न निःस्वनम् । नात्मानं न परं वेत्ति योगी युक्तः समाधिना ॥१०९॥
(na gandhaṃ na rasaṃ rūpaṃ na ca sparśaṃ na niḥsvanam / nā tmānaṃ na paraṃ vetti yogī yuktaḥ samādhinā) //109//
योगी (yogī) Um yogin* युक्तः (yuktaḥ) absorto* समाधिना (samādhinā) em samādhi* न (na) não* गन्धं (gandhaṃ) [percebe] odor* न (na) nem* रसं (rasaṃ) sabor* न (na) nem* स्पर्शं (sparśaṃ) toque* न (na) nem* रूपं (rūpaṃ) cor* च (ca) e* निःस्वनम् (niḥsvanam) som* न (na) não* वेत्ति (vetti) reconhece* आत्मानं (ātmānaṃ) a si mesmo*न (na) nem* परं (paraṃ) a outros.
109 - Um Yogin em Samadhi não sente cheiro, nem gosto, cor, nem toque ou som; ele não reconhece a si mesmo, nem qualquer outro.

110- चित्तं न सुप्तं नोजाग्रत्स्मृतिविस्मृतिवर्जितम् । न चास्तमेति नोदेति यस्यासौ मुक्त एव सः ॥११०॥
(cittaṃ na suptaṃ no jāgrat smṛti vismṛti varjitam / na ca astam-eti na udeti yasya asau muktaḥ eva saḥ) //110//
यस्य (yasya) Um [yogin]* एव (eva) de fato* मुक्तः (muktaḥ) [é chamado] liberado* चित्तं (cittaṃ) [quando sua] mente* न (na) não* सुप्तं (suptaṃ) [está] adormecida* नो (no) nem* जाग्रत् (jāgrat) acordada* वर्जितम् (varjitam) [ou quando está] livre* स्मृति (smṛti) de lembranças* च (ca) e* विस्मृति (vismṛti) de esquecimentos* असौ (asau) [ou quando] ele* न (na) não [está]* अस्तम्-एति (astam-eti) decaindo* उदेति (udeti) ou evoluindo.
110 - Um yogin é de fato chamado liberado quando sua mente não está adormecida nem acordada ou quando está livre de lembranças e de esquecimentos, ou quando ele não está nem decaindo (morto) nem revivido.
Brahmananda: Diz-se que o Antahkarana dorme quando tamas (se estende a todos os órgãos) supera ambas as qualidades rajas e sattva, e quando perde sua faculdade de discernir objetos. Não está acordado porque não está no estado de samadhi para experimentar objetos. Está livre de smriti (memória) porque não há modificações da mente. Está livre de vismriti porque não há pensamentos concebidos pelos smriti. Não é destruído porque citta existe apenas como um pensamento abstrato. Não é revivido porque não há modificações da mente para colocá-lo em ação.

111- न विजानाति शीतोष्णं न दुःखं न सुखं तथा । न मानं नोपमानं च योगी युक्तः समाधिना ॥१११॥
(na vijānāti śīta uṣṇaṃ na duḥkhaṃ na sukhaṃ tathā / na mānaṃ na apamānaṃ ca yogī yuktaḥ samādhinā) //111//
योगी (yogī) O yogin* युक्तः (yuktaḥ) absorto* समाधिना (samādhinā) em samādhi* न (na) não* विजानाति (vijānāti) conhece [é afetado]* शीत (śīta) [pelo] frio* उष्णं (uṣṇaṃ) ou calor* न (na) não* दुःखं (duḥkhaṃ) sorimento* न (na) não* सुखं (sukhaṃ) prazer* च (ca) e* तथा (tathā) também* न (na) não* मानं (mānaṃ) honra* न (na) não* अपमानं (apamānaṃ) desonra.
111- O yogin absorto em samādhi não é afetado pelo calor ou frio, dor ou prazer, e, também, por honra ou desonra.

112- स्वस्थो जाग्रदवस्थायां सुप्तवद्योऽवतिष्ठते । निःश्वासोच्छ्वासहीनश्च निश्चितं मुक्त एव सः ॥११२॥
(sva-sthaḥ jāgrat avasthāyāṃ supta-vat yaḥ avatiṣṭhate / niḥśvāsa ucchvāsa hīnaḥ ca niścitaṃ mukta eva saḥ) //112//
यः(yaḥ) Aquele que* अवतिष्ठते (avatiṣṭhate) permanece* सुप्त-वत् (supta-vat) adormecido* अवस्थायां (avasthāyāṃ) no estado de* जाग्रत् (jāgrat) vigília*, हीनः (hīnaḥ) sem* निःश्वास (niḥśvāsa) inalalar* उच्छ्वास (ucchvāsa) nem exalar* च (ca) e* एव (eva) certamente* स्व-स्थः (sva-sthaḥ) é saudável* निश्चितं (niścitaṃ) sem dúvida* सः (saḥ) ele* मुक्त (mukta) é liberado.
112- Aquele que permanece adormecido no estado de vigília, que não está inalando ou exalando, e que ainda está em condições saudáveis, é certamente libertado.
Brahmananda: Ser saudável exclui as condições de torpor e transe. O estado de vigília (jagrad-avastha) implica a exclusão do sonho (svapna) e do sono profundo (susupti). O Yogin parece estar dormindo enquanto está completamente imóvel.

113- अवध्यः सर्वशस्त्राणामशक्यः सर्वदेहिनाम् । अग्राह्यो मन्त्रयन्त्राणां योगी युक्तः समाधिना ॥११३॥
(avadhyaḥ sarva śastrāṇām aśakyaḥ sarva dehinām / agrāhyaḥ mantra yantrāṇāṃ yogī yuktaḥ samādhinā) //113//
योगी [yogī] Um yogin* युक्तः [yuktaḥ] absorto* समाधिना [samādhinā) em samadhi* अवध्यः [avadhyaḥ] é invunerável* सर्व [sarva] a todas* शस्त्राणाम् [śastrāṇām] armas* अशक्यः [aśakyaḥ] não pode ser atacado* देहिनाम् [dehinām] por ninguém* अग्राह्यः [agrāhyaḥ] está além do alcance* सर्व [sarva] de todos* मन्त्र [mantra] os mantras* यन्त्राणां [yantrāṇāṃ] e yantras (diagramas para meditação).
113 - Um yogin em samādhi é invulnerável a todas as armas; ele está além do controle de todos os seres e além do alcance de todos os mantras e yantras (diagramas para meditação).

114- यावन्नैव प्रविशति चरन्मारुतो मध्यमार्गे यावद्विदुर्न भवति दृढः प्राणवातप्रबन्धात् ।
यावद्ध्याने सहजसदृशं जायते नैव तत्त्वं तावज्ज्ञानं वदति तदिदं दम्भमिथ्याप्रलापः ॥११४॥
(yāvat na eva praviśati caran marutaḥ madya-mārge yāvat binduḥ na bhavati dṛḍhaḥ prāṇa-vāta prabandhāt / yāvat dhyāne sahaja sadṛśaṃ jāyate na eva tattvaṃ tāvat jñānaṃ vadati tad-idāṃ dambha mithyā pralāpaḥ) //114//
यावत् (yāvat) enquanto* मरुतः (marutaḥ) o prāṇa* न (na) não* चरन् (caran) fluir* मद्य-मार्गे (madya-mārge) pelo caminho do meio* प्रविशति (praviśati) e entrar no [Brahmarandhra]*, यावत् (yāvat) enquanto* बिन्दुः (binduḥ) o bindu* न (na) não* दृढः (dṛḍhaḥ) estiver estável* प्राप्रबन्धात् (prabandhāt) pela retenção* ण-वात (prāṇa-vāta) do prāṇa*, यावत् (yāvat) enquanto* ध्याने (dhyāne) em meditação* न (na) não* जायते (jāyate) surgir* ज्ञानं (jñānaṃ) o conhecimento* तत्त्वं (tattvaṃ) dos tattvas (as 25 categorias da realidade)* भवति (bhavati) e não surgir* सहज (sahaja) o estado natural [de pura espontaneidade]* एव (eva) realmente* वदति (vadati) [aquele que] fala [sobre a liberação]* दम्भ (dambha) é um impostor* प्रलापः (pralāpaḥ) pois sua conversa* मिथ्या (mithyā) é lorota.
114. Enquanto o prana não fluir pelo caminho central (suṣumṇā) e entrar no brahmarandhra, enquanto o bindu não estiver estável através da retenção do prāṇa vāyu, enquanto em meditação não surgir o conhecimento dos tattvas (as 25 categorias da realidade), e não surgir sahaja (o estado natural de pura espontaneidade), realmente, aquele que fala [sobre liberação] é um impostor pois sua conversa é lorota.
इति हठयोगप्रदीपिकायां नाम चतुर्थोपदेशः (iti haṭhayogapradīpikāyāṃ caturthopadeśaḥ) // 
Assim termina o Capítulo Quatro do Haṭha Yoga Pradīpikā.

 HYP - C.1 Âsanas   HYP - C.2 Prāṇāyāma   HYP - C.3 Bandha





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